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Sessão plenária da Câmara dos Deputados foi esvaziada após a divulgação da lista de Fachin | Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Sessão plenária da Câmara dos Deputados foi esvaziada após a divulgação da lista de Fachin| Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

A divulgação da lista de políticos que tiveram inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), causou efeitos imediatos em Brasília e até na bolsa de valores. Na Câmara dos Deputados, a sessão plenária acabou mais cedo nesta terça-feira (11) por falta de quórum. Já o Índice Ibovespa fechou em queda de 0,45%, depois de alternara altas e baixas ao longo do pregão, influenciado pelo noticiário geopolítico internacional, a reforma da Previdência e a Lava Jato.

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Sem quórum na Câmara

Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão sem votar o projeto que cria o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para Estados em calamidade financeira. Sem quórum suficiente no plenário para analisar a proposta, Maia determinou o fim dos trabalhos. A previsão agora é de que a proposta só volte a ser votada na próxima semana.

O quórum no plenário começou a diminuir após a divulgação da lista de políticos que serão investigados no âmbito da Lava Jato. Os pedidos são baseados nas delações premiadas dos 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Essa é pelo menos a quarta vez que a Câmara tenta votar o projeto que cria o RRF. As duas primeiras vezes foram na última quarta (5) e quinta-feira (6). O governo, porém, não conseguiu quórum para votar a proposta, adiando para esta semana. Nesta segunda-feira (10), mais um vez, não houve quórum mínimo de deputados no plenário para realizar a votação.

Índice Ibovespa em queda

O Índice Ibovespa alternou altas e baixas ao longo do pregão desta terça (11). Na última hora de negociações, a notícia sobre a “lista de Fachin” influenciou na queda de 0,45% do Ibovespa, que terminou o dia aos 64.359,79 pontos. O volume financeiro somou R$ 8 bilhões. A divulgação da lista dos políticos investigados teve impacto direto nas ações de empresas de controle estatal, que refletem mais claramente o risco político na bolsa. As ações do Banco do Brasil, que operavam em alta, inverteram a tendência e passaram a cair. Ao final do pregão, se recuperaram e terminaram o dia em alta de 0,09%. Já as ações da Petrobras, que já vinham operando em queda, acentuaram a tendência e terminaram o dia com perdas de 2,43% (ON) e 1,74% (PN).

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“No geral, os nomes divulgados não chegaram a representar surpresa, uma vez que vários deles já vinham sendo apontados antecipadamente. Isso significa que muito provavelmente o presidente Michel Temer conseguirá terminar seu mandato. Por outro lado, as investigações contra importantes articuladores do governo podem trazer riscos à reforma da Previdência”, disse Luís Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

A lista de Fachin

Fachin determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) – como mostram as 83 decisões do magistrado do STF. O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF com base nas delações da empreiteira.

As investigações devem seguir, no âmbito do Supremo (foro privilegiado) contra os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Roberto Freire (PPS), da Cultura; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações, cada.

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