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Rodrigo Maia pode assumir a presidência do Brasil interinamente por seis meses, caso a denúncia contra Temer passe pelo Congresso e seja aceita pelo STF. | Lula Marques/AGPT
Rodrigo Maia pode assumir a presidência do Brasil interinamente por seis meses, caso a denúncia contra Temer passe pelo Congresso e seja aceita pelo STF.| Foto: Lula Marques/AGPT

O presidente Michel Temer se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste domingo (9), para discutir o agravamento da crise política e a votação da denúncia apresentada contra o peemedebista.

Temer chamou Maia ao Palácio do Jaburu por volta das 11h da manhã. Os dois conversaram por pouco mais de uma hora na residência oficial do presidente.

O governo quer acelerar a votação da denúncia contra Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e no plenário da Câmara, mas o cronograma estabelecido até agora deixa aberta a possibilidade de que o processo só seja concluído em agosto — após o período de recesso parlamentar que começa em 18 de julho.

Auxiliares de Temer tentam articular a suspensão desse recesso, com o adiamento da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Oficialmente, os parlamentares só saem de folga se esse projeto for votado até o dia 17.

Nesse cenário, seria preciso entrar em acordo com as bancadas para evitar também o chamado “recesso branco”, em que as atividades no Congresso são mantidas, mas não há sessões de votação convocadas.

Maia presidente

Primeiro na linha sucessória do Palácio do Planalto, Maia poderá assumir interinamente o cargo por até seis meses caso a Câmara e o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovem o recebimento da denúncia que acusa Temer de corrupção passiva. O afastamento só se dá após análise da Justiça, mas antes é necessário aval da Câmara por ao menos 342 votos.

Maia tem dado declarações públicas em que enfatiza sua lealdade a Temer. Ele não tem feito movimentos para minar a sustentação dada ao presidente no Congresso, mas já recebeu em sua casa dezenas de deputados que participam dessas articulações.

“Acredito plenamente [em Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados]. Ele só me dá provas de lealdade.”

Michel Temer presidente

Eunício Oliveira

Temer também recebeu neste domingo (9) o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que recomendou cautela ao governo para a votação da reforma trabalhista, na terça-feira (11).

Segundo levantamento da “Folha de S.Paulo”, há promessa de votos suficientes para aprovar o texto, mas a margem pró-governo é apertada.

Dos 81 senadores, 42 declararam apoio ao texto. O governo precisa de ao menos 41 para ganhar a votação no plenário. São contra a proposta pelo menos 23 senadores, de acordo com a enquete e 16 não se manifestaram.

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