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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), divulgou nesta terça-feira (12) em suas redes sociais foto sua na fila de embarque do aeroporto de Congonhas. O tucano estava a caminho de Brasília, onde teria encontros com representantes do agronegócio. A reunião faz parte de estratégia de Alckmin para obter apoio à sua candidatura a presidente em 2018.

João Doria (PSDB), que é seu afilhado político e disputa com ele a chance de se viabilizar como candidato à Presidência, também tem voado pelo país para conversas e reuniões – mas, no caso do prefeito, as viagens são em seu jato particular.

Pela manhã, ao participar de um evento na capital, Doria afirmou que ele mesmo banca os voos. “Eu me tornei um empresário de sucesso trabalhando. Devolvo meu salário para o terceiro setor, o carro que está aí fora é meu, o helicóptero que eu uso é meu, eu uso meu avião. Eu não preciso de dinheiro público para essas coisas”, disse.

A postagem de Alckmin recebeu 3,5 mil curtidas e teve quase 330 compartilhamentos no Facebook. No Twitter, as opiniões dos internautas se dividiram sobre o comportamento do tucano. “Marketing puro, sem desmerecer a postura”, disse Ruan Paulo Nascimento. “Bom exemplo, aguardando na fila como todo cidadão”, disse Bruno Andrade.

Encontros com o agronegócio

Os compromissos de Alckmin em Brasília constam de sua agenda oficial. Na legenda da foto em que aparece antes de pegar o voo de carreira, ele escreveu que se tratava de “importantes compromissos em prol da agropecuária paulista”.

O governador participou de um almoço com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Em clima de campanha presidencial, o tucano recebeu uma carta dos integrantes da frente que trata da importância de tornar o setor “mais eficiente e desburocratizado”.

Questionado se havia sido convidado para o almoço como governador ou candidato à Presidência, Alckmin respondeu que estava presente como representante do estado de São Paulo. “Vim como governador, mas eu gosto de estudar as coisas do Brasil”, disse.

Alckmin ouviu os parlamentares sobre as questões da área, respondeu questionamentos dos deputados e ainda brincou sobre sua experiência como “produtor de leite”, quando chegou a ter seis vacas leiteiras.

Também participaram do encontro o senador José Serra (PSDB-SP) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), que deixou o evento mais cedo. Na saída, questionado sobre o clima de campanha, Araújo disse que o prefeito de São Paulo também seria convidado em outra oportunidade.

“Estamos conversando com alguns presidenciáveis e colocando algumas questões como a questão do trigo, do leite. Estamos montando uma pauta e entregamos uma carta a ele (Alckmin)”, explicou o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), integrante da FPA.

Prévias internas

Sobre as eleições de 2018, Alckmin tem dito que quer ser candidato, mas que essa precisa ser uma “decisão coletiva” do partido. Um dos fundadores do partido, ele afirmou que a democracia tem de começar “dentro de casa”. “Sempre defendi que, quando você tem mais de um candidato, você deve ampliar a escuta. Você erra menos e acerta mais. Ninguém se sente alijado”, explicou antes de citar o modelo norte-americano como referência. “Como o modelo americano se sustenta com dois partidos? Tem primária e você vai afunilando. Sempre defendi (prévias), sou fundador do partido, a sétima assinatura em 1988, democracia começa dentro de casa”, complementou.

As declarações de Alckmin têm como alvo o prefeito de São Paulo, João Doria, que havia rechaçado a possibilidade de disputar prévias no PSDB. Recentemente, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito disse que são as pesquisas de intenção de voto que serão determinantes na escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2018. Doria é um dos nomes mais bem cotados nos levantamentos feitos por institutos de pesquisa.

Nesta terça, Doria voltou atrás nessa posição. “Eu tenho, pessoalmente, muito constrangimento, porque gosto do governador Alckmin, é meu amigo e por quem mantenho profunda admiração. Preferiria não, mas o tempo vai dizer, temos até dezembro, início de março, para formatar isso”, disse o tucano, que fez o discurso de abertura do Fórum Latino-Americano de liderança estratégica em infraestrutura, na capital paulista.

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