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A ministra Delaíde Arantes  (de óculos, à direita) foi anunciada aos militantes como opositora da reforma trabalhista em curso. | Richard Silva/ PCdoB
A ministra Delaíde Arantes (de óculos, à direita) foi anunciada aos militantes como opositora da reforma trabalhista em curso.| Foto: Richard Silva/ PCdoB

A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaíde Miranda Arantes participou do ato político na abertura 14º Congresso do PCdoB na noite do último sábado (18), num centro de convenções em Brasília. Não é comum a presença de ministros de tribunais superiores em eventos de partidos políticos. Delaíde compôs o palco desse ato e sentou-se entre as lideranças políticas e de movimentos sociais convidadas pelo Partido Comunista do Brasil

Delaíde não discursou e foi anunciada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que fazia a vez de chefe de cerimônia no momento, como uma ministra contrária à reforma trabalhista em curso pelo governo Michel Temer. Foi bastante aplaudida pelos cerca de mil congressistas presentes. Ela, por sua vez, aplaudia as intervenções feitas por políticos e dirigentes de movimentos sociais. 

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Indagada pela Gazeta do Povo, a ministra afirmou que sua presença no ato não caracteriza "prática de atividade partidária". Delaíde informou que participou somente do ato solene da abertura, no qual foram convidados autoridades, a sociedade civil, representantes de movimentos sociais, entre outros "inerentes à cidadania". A ministra informou que, como cidadã, participa de atos em outros espaços. 

"Na condição de cidadã brasileira, cuja condição não me é retirada pelo exercício da magistratura, participo frequentemente de eventos em universidades, em entidades de classe, no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na OAB federal e em outros órgãos e entidades que discutem questões relacionadas à democracia e à cidadania", disse Delaíde, em resposta enviada à Gazeta por mensagem eletrônica. 

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A ministra informou que no grupo que compôs a mesa desse ato político estava o governador do Piauí, Wellington Dias, do PT. Aquele momento da abertura foi batizado como ato político pelo PCdoB. Além de Dias estavam ali dirigentes de partidos de esquerda, como PSB, PDT e PT, além de representantes do MST, por exemplo. Um grupo de aliados que tem a mesma afinidade política. A ministra disse não ter convicções políticas. 

"Esclareço que não tenho vinculação partidária com nenhum partido e que fui ao ato de abertura acompanhando o meu marido, Aldo Arantes, que é dirigente nacional do PcdoB", informou também a ministra. 

Aldo Arantes é um quadro antigo do partido, foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) na década de 1960, foi preso, viveu no exílio e também clandestinamente quando retornou ao país. Delaíde Arantes cresceu na roça, no interior de Goiás, e para financiar seus estudos trabalhou como empregada doméstica. Ex-advogada trabalhista, foi indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o TST, em 2010.

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