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Moreira Franco ao lado de Michel Temer, no dia em que tomou posse como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. | Antonio Cruz/Agência Brasil
Moreira Franco ao lado de Michel Temer, no dia em que tomou posse como ministro da Secretaria-Geral da Presidência.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis relatou uma conversa com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba, na qual o então deputado atribuiu a substituição do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, na cúpula da Caixa à sua incapacidade de arrecadar recursos para o PMDB como dirigente do banco.

“Ele (Cunha) me disse claramente que estava substituindo o senhor Moreira Franco pelo Fábio Cleto porque o FI (Fundo de Investimento do FGTS) era uma fonte importante para o partido e o senhor Moreira Franco não estava sabendo arrecadar para o PMDB a partir das operações do FI-FGTS”, disse Reis.

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Segundo ele, a conversa com Cunha, em meados de 2011, “deixou claro que a nomeação de Cleto tinha cunho de arrecadação político-partidária”.

Moreira Franco é um dos políticos da lista de inquéritos solicitados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Ele é investigado por supostamente ter solicitado R$ 4 milhões para a campanha de 2014, supostamente pagos a Eliseu Padilha, hoje ministro-chefe da Casa Civil.

Moreira foi, até 2010, vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa, por indicação do PMDB. Em 2011, foi sucedido por Cleto, apadrinhado de Cunha. Cleto fez delação na Lava Jato e relatou esquema de cobrança de propina em troca da liberação de recursos do fundo.

Procurado nos últimos dois dias, via assessoria, Moreira não se pronunciou. Em nota, a Caixa disse cooperar de forma “irrestrita” com as autoridades.

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