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| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão classificou como uma perda para o Brasil o episódio da escolha da cientista política Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

Em entrevista ao jornal Valor nesta terça-feira (5), Mourão disse: “Eu acho que perde o Brasil. Perde o Brasil todas as vezes que você não pode sentar numa mesa com gente que diverge de você. O Brasil perde. Não é a figura A, B ou C. Perde o conjunto do nosso país e nós temos que mudar isso aí”.

Para Mourão, Ilona tem apenas opiniões que divergem do governo, não foi “testada em combate”. O vice-presidente afirmou ainda que o fato de o ministro da Justiça, Sergio Moro, ter voltado atrás no convite a que Ilona entrasse no CNPCP é “parte da política” e não deriva apenas da influência dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.

“Ali, para mim, a minha visão é de que houve ataque de ambos os lados. Da ala mais radical dos apoiadores do presidente e houve ataques da ala mais radical que apoia as visões que a Ilona tem, que também diziam ‘você não tem que estar junto ai, você não tem que estar com esse pessoal’”, afirmou o vice-presidente.

Ilona foi convidada por Sergio Moro para uma vaga de suplente no conselho, mas voltou atrás após a reação negativa de apoiadores de Bolsonaro. Ao desfazer o convite, Moro disse que não tinha como sustentar a nomeação junto ao presidente, embora a tenha feito motivado pelos conhecimentos de Ilona na área de segurança.

A cientista política tem posições divergentes de Bolsonaro em várias questões de segurança, incluindo a liberação do porte de armas e a redução da maioridade penal. Após receber a comunicação de que não seria mais nomeada, ela divulgou uma nota lamentando a “ação de grupos minoritários”.

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