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Depois de ler um discurso de cerca de 15 minutos em francês no Global Positive Forum, nesta sexta-feira (1º) em Paris, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse à imprensa que não descarta a possibilidade de ser candidato à presidência da República nas eleições de 2018. Ele destacou Emmanuel Macron, presidente da França, como um político “inspirador” em sua trajetória política.

“Ele é inspirador, sim, pela sua juventude, capacidade inovativa, por ele ter quebrado inclusive aqui [na França] os princípios históricos e vencido partidos políticos de décadas construindo uma trajetória vitoriosa”, disse o prefeito paulistano.

O tucano disse se encontrou com o presidente francês em sua residência oficial, o Palácio Elysée, onde conversaram animadamente. Doria também esteve com a prefeita de Paris Anne Hidalgo.

O prefeito de São Paulo também reagiu às declarações de seu padrinho político, Geraldo Alckmin, de que quer ser um “presidente para o povo brasileiro”. “Ele tem todo o direito não apenas de anunciar que vai disputar, como de disputar a Presidência da República, mas os tempos caminham e eu aprendi também com o Geraldo Alckmin e com o Fernando Henrique Cardoso que a melhor decisão referente a uma candidatura – principalmente a uma eleição – parte do povo”, afirmou.

Questionado sobre fundar ou mudar de partido para concorrer à presidência, caso Alckmin seja o candidato escolhido pelo PSDB, Doria disse apenas que não tem essa intenção. “Meu foco neste momento é administrar a cidade de São Paulo e fazer uma boa gestão”, desconversou.

Em seguida, o prefeito paulistano citou como outro “exemplo” o presidente da Argentina, Mauricio Macri. O tucano confirmou que encontrará Macri em 14 de setembro para uma conversa sobre política pública. “Foi um grande prefeito em Buenos Aires e tem feito uma boa gestão a frente da Argentina resgatando o orgulho dos argentinos e colocando a economia deste país vizinho nos trilhos”, afirmou.

Com 11 viagens só em agosto, Doria disse que continuará a fazer viagens no seu mandato porque se considera um “político global”. “Viajo e continuarei a viajar. São Paulo é uma cidade global, eu sou um prefeito global. Acabou o tempo do século 20, do século 19. Quem gosta de fazer política miúda, pequena, personalista é o PT. Eu prefiro fazer a política mais ampla, plural e que atende ao interesse da população de forma global”, afirmou.

No fórum em Paris, ele falou de projetos de Saúde, Educação e Empreendedorismo no seu governo e confirmou que o próximo “Global Positive Fórum” acontecerá em novembro de 2019, no novo hotel Palácio Matarazzo, a ser inaugurado no mesmo ano, em São Paulo.

Protesto

Durante o fórum global em Paris, um pequeno grupo de brasileiros protestou contra o governo Michel Temer e a ação das autoridades paulistanas na “cracolândia”. Ao ser abordado na saída do evento, o prefeito defendeu que a polícia não agiu com violência na retirada dos usuários de drogas das ruas de São Paulo.

Os manifestantes debateram dizendo que na França não aconteceria o mesmo. “Tudo aqui é esclarecido. Em Paris as coisas são diferentes”, respondeu em tom irônico o prefeito. O tucano ainda apontou como “extemporâneo” o protesto contra Temer, mas não defendeu o presidente. “Toda manifestação merece respeito”, concluiu.

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