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Eliseu Padilha e Paulo Bernardo são acusados de receber propina em obra de construção da linha 1 da Trensurb, no Rio Grande do Sul. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Eliseu Padilha e Paulo Bernardo são acusados de receber propina em obra de construção da linha 1 da Trensurb, no Rio Grande do Sul.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Josué Teixeira/Gazeta do Povo

O atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), é suspeito de receber propina na execução de um contrato administrativo referente às obras de extensão da linha do Trensurb, entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

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Junto com ele, são suspeitos no esquema o deputado federal Marco Maia (PT), Marco Prates da Cunha e Humberto Kasper (ex-diretores da Trensurb), e o ex-ministro Paulo Bernardo – segundo inquérito aberto com autorização do ministro do STF, Edson Fachin.

Conforme as delações de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luis Arruda Lana, ex- dirigentes da Odebrecht, foram três solicitações de recebimento de vantagens indevidas, frente ao valor inicial do contrato de R$ 323,9 milhões.

O primeiro foi o deputado federal Marco Maia, em 2008. Reunido com Marco Cunha e Humberto Kasper em um hotel de Porto Alegre, ele teria pedido 0,55% do valor inicial do contrato sob a justificativa de não colocar entraves na negociação, no período em que foi presidente da companhia.

O segundo a supostamente pedir uma fatia, no final de 2008, foi o atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha: 1% do valor inicial do contrato por possível interferência no processo licitatório. Padilha é suspeito, também, de receber propina para campanhas eleitorais do PMDB, em 2014, segundo outro inquérito aberto na última terça-feira (11).

No ano seguinte, foi a vez do ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações, governo Lula e Dilma), que, também, solicitou 1%. Ele ofereceu propiciar a inclusão da obra no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Segundo relator do processo, ministro Fachin, todas as operações foram atendidas, entre 2009 e 2010, por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht – o chamado setor da propina.

Os delatores contaram, também, sobre a comunicação do esquema, por meio do sistema intranet ‘Drousys’, em que os beneficiários eram identificados como “Bicuíra” (Eliseu Padilha), “Aliado” (Marco Maia), “Sucessor” (Marco Arildo) “Jornalista” (Humberto Kasper) e “Filósofo” (Paulo Bernardo).

Esse trecho São Leopoldo – Novo Hamburgo, da Trensurb, já foi alvo de investigação pelo Ministério Público, em 2011, sob suspeita de superfaturamento da obra, iniciada em 2001.

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