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| Foto: EDSON PASSARINHO/AFP

A alta no preço do petróleo impulsionou o lucro da Petrobras, que voltará a pagar dividendos a seus acionistas após quatro anos. No primeiro trimestre de 2018, a estatal lucrou R$ 6,96 bilhões, alta de 56,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Foi o melhor resultado trimestral desde o primeiro trimestre de 2013, quando a Petrobras lucrou R$ 7,69 bilhões. “Com esse resultado, consolidamos a trajetória de recuperação da Petrobras”, disse, em nota, o presidente da estatal, Pedro Parente.

A principal explicação, diz a empresa, foi o aumento nas cotações internacionais do petróleo. No trimestre, o petróleo brent esteve coado em média em US$ 66,8 por barril, contra US$ 53,8 no mesmo período do ano anterior.

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Com isso, a companhia obteve melhores margens na exportação de petróleo. A área de exploração e produção, por exemplo, teve aumento de 77% no lucro, para R$ 11,5 bilhões. A área de refino, responsável pela venda de combustíveis, apresentou lucro 25% menor, de R$ 3 bilhões, com aperto nas margens de lucro. 

“Tivemos menor volume de vendas e margem menor no segmento de refino, não só pela alta do petróleo mas também pela competição no mercado”, disse o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro.

A Petrobras ainda contabilizou no trimestre resultado positivo de R$ 3,2 bilhões com a venda dos campos de Lapa, Iara e Carcará. 

Com os sucessivos prejuízos gerados por perdas com ativos investigados pela Operação Lava Jato, a estatal não pagava dividendos desde 2013. Este ano, alterou sua política de remuneração aos acionistas para permitir o pagamento com base em lucros trimestrais.

Nesta terça (8), anunciou a distribuição de R$ 652,2 milhões, o equivalente a R$ 0,05 por ação, a título de juros sobre o capital próprio.

No balanço divulgado nesta terça, a companhia apontou receita de R$ 74,4 bilhões, aumento de 9% em relação aos primeiros três meses de 2017.

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A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro de juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 25,7 bilhões, praticamente estável ante os R$ 25,2 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior. Foi o 12.º trimestre consecutivo de fluxo de caixa positivo.

O endividamento líquido, principal preocupação da gestão atual da estatal, caiu 3,5%, para R$ 270,7 bilhões. Nos últimos meses, a companhia tem usado recursos de venda de ativos e sobra de caixa para antecipar o pagamento de dívidas.

O prazo médio da dívida foi ampliado de 7,61 anos, no primeiro trimestre de 2017, para 9,26 anos.

A meta da estatal é chegar ao fim do ano com o indicador de dívida sobre geração de caixa abaixo de 2,5 vezes. No primeiro trimestre de 2018, eram 3,52 vezes. O indicador foi afetado no fim de 2014 com acordo para ressarcir investidores americanos por perdas com a corrupção, que vai custar US$ 2,95 bilhões.

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