• Carregando...
Como um dos mais comedidos entre os presentes, ao lado de Gleisi, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) não endossou qualquer tipo de violência. | Daniel Caron/Gazeta do Povo
Como um dos mais comedidos entre os presentes, ao lado de Gleisi, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) não endossou qualquer tipo de violência.| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Com um discurso de derrota no campo político, reconhecendo não ter votos para barrar a reforma trabalhista, representantes de movimentos sociais e partidos sugeriram partir para a violência para impedir a aprovação do projeto, que está na pauta do Senado para ser apreciado na terça-feira (11). O tom do discurso foi reforçado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, em evento para lançar o movimento suprapartidário pelas Diretás Já, na manhã deste sábado (8), no salão de um hotel em Curitiba, na presença de pouco menos de 200 pessoas.

“Diretas Já” como meio de barrar as reformas, defendem organizadores

Com o argumento de que a maior parte dos parlamentares brasileiro se alinha com a elite e não entende as demandas do trabalhador, ela disse:

“só tem um jeito. Vamos ter que radicalizar”.

Gleisi também sugeriu que o Senado fosse ocupado, inclusive sentando na cadeira do presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que a reforma trabalhista não fosse colocada em votação. E acrescentou que preferencialmente deveriam ser mulheres a fazer isso, já que o risco de enfrentamento físico seria menor. 

Meirelles já discute cenário com Maia e quer mais autonomia

Em entrevista à imprensa, Gleisi reiterou a ideia:

“às vezes a gente pensa que tem que ir para as vias de fato”.

O discurso dela seguiu o embalo da fala de Nelson Silva de Souza, o Nelsão da Força Sindical, que poucos minutos antes havia sido ainda mais enfático sobre a violência, defendendo “bater em deputado que vota contra trabalhador”, “dar tapa na cara”.

Nelsão, que já foi preso e também foi acusado de vandalismo, participou do evento como um dos movimentos sociais que apoiam as Diretas Já. Como um dos mais comedidos entre os presentes, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) não endossou qualquer tipo de violência, mas reiterou o argumento de que sem a pressão popular não será possível vencer, no voto, a ala congressista que defende as reformas. 

Em delação-bomba, Cunha citará 50 políticos, entre eles Temer e Rodrigo Maia

Senadora se posicionou contra a violência recentemente

Gleisi já foi vítima de violência e também já se posicionou contra qualquer tipo de agressão. Em abril do ano passado, ela foi hostilizada por um grupo de manifestantes com cartazes, narizes de palhaço e máscaras do juiz Sergio Moro quando participava de uma audiência pública e também na chegada ao aeroporto Afonso Pena.

No mês passado, pouco depois de ser eleita presidente nacional do PT, ela emitiu uma nota lamentando a agressão sofrida pela jornalista Miriam Leitão, por dirigentes petistas, em um voo, dizendo que o partindo não orienta a “militância a agredir qualquer pessoa por suas posições políticas e ideológicas”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]