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| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo, deixou um saldo de 44 possíveis vítimas, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

Ao menos 317 pessoas viviam no local, segundo cadastro da prefeitura, e no momento não se sabe onde estão 44 delas. É possível que estejam soterradas sob os escombros do edifício, mas não há certeza de que eles estivessem no prédio no momento em que ele ruiu.

Relatos de quem morava lá apontam que pelo menos quatro moradores estão desaparecidos. Além de um homem que estava sendo resgatado no momento do desabamento, identificado como Ricardo, moradores da ocupação disseram que uma mulher chamado Selma não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos gêmeos de oito anos de idade.

“Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair”, contou o desempregado Cosme Aleixo da Silva, de 54 anos.

VÍDEO: Veja momento em que prédio de SP desaba após incêndio

Segundo os Bombeiros, 75 homens e mulheres da equipe de resgate trabalhavam na madrugada desta quarta-feira (2) para tentar salvar alguém com vida dos escombros.

O major Max Alexandre Schroeder afirmou que os agentes estão usando equipamentos menores como britadeiras para retirar as estruturas. Só depois de 48 horas da tragédia, quando a chance de encontrar alguém com vida é quase nula, que eles devem começar a usar máquinas pesadas, como retroescavadeiras.

O edifício tinha 24 andares, dos quais dez eram ocupados por sem-teto, que moravam em barracos de madeira montados nos andares. O incêndio que consumiu o prédio começou no quinto andar. A estrutura era feita de concreto e aço.

Entidades preparam atos de protesto e de auxílio a vítimas de prédio

Mobilizar moradores em ocupações de São Paulo para protestos e vigílias de pressão a autoridades municipais e organizar um ato de solidariedade, na próxima terça-feira (8), quando completar uma semana do desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida.

A decisão foi tomada na terça-feira à tarde em reunião de emergência de mais de 30 entidades e ONGs na Ocupação São João, na Avenida São João, a menos de duas quadras do local da tragédia.

Estavam presentes representantes da União dos Movimentos por Moradia, Frente de Luta por Moradia (FML), Central de Movimentos Populares, MTST, Movimento Terra Livre e moradores da Ocupação São João, uma invasão de 2010 que já teve mais de 80 famílias, mas hoje abriga 77.

Em reunião tensa, enquanto os bombeiros trabalhavam perto dali, e preocupados com a repercussão negativa do acidente no movimento social de moradia, os dirigentes discutiram iniciativas para neutralizar eventuais pressões contra as ocupações. Segundo Osmar Borges, da FLM, o movimento tem “15 módulos de ocupações e mais de 4 mil moradores cadastrados”.

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