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Candidatos à presidência da Câmara enfrentam o atual presidente da casa, que disputa a reeleição. | Waldemir Barreto
/Agência Senado
Candidatos à presidência da Câmara enfrentam o atual presidente da casa, que disputa a reeleição.| Foto: Waldemir Barreto /Agência Senado

A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados tem mais de 10 pré-candidatos até o momento. A eleição acontece dia 1.º de fevereiro e as definições sobre as candidaturas só devem começar a acontecer mais perto da data limite.

Atual presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai disputar a reeleição e já conquistou o apoio, inclusive, do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Além dele, outros cinco nomes já se colocaram na disputa, mas a definição oficial dos candidatos ainda depende de uma série de acordos que estão sendo costurados nos bastidores. 

Veja quem são os candidatos à presidência da Câmara em 2019 até agora na disputa:

Rodrigo Maia (DEM-RJ) 

O deputado conseguiu o apoio do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para disputar a reeleição. O movimento compensou a falta de apoio de partidos como MDB e PP, que ainda estavam em cima do muro, mas acabou afastando da coalizão o PT - partido com a maior bancada da Câmara. 

 O fato de o DEM já ter três ministérios no governo - Casa Civil, Saúde e Agricultura - tem aumentado a resistência dos deputados apoiarem a reeleição de Maia. Se vencer a disputa, Maia vai assumir o terceiro mandato consecutivo na presidência da Casa, apesar de o regimento interno da Câmara proibir a reeleição em uma mesma legislatura

Fábio Ramalho (MDB-MG) 

Fábio Ramalho entrou na disputa na segunda semana do ano. Ele classificou sua candidatura como independente e disse que colheria votos individualmente com cada um dos colegas. Ramalho é o atual vice-presidente da Casa e, em dezembro, defendeu o aumento salarial dos deputados em 4% - isso elevaria o salário para R$ 39 mil.  

JHC (PSB-AL) 

Mais conhecido como JHC, João Henrique Caldas é pré-candidato do PSB à presidência da Câmara. O partido decidiu não apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas ainda não bateu o martelo sobre sua posição na disputa. A legenda pode acabar participando de um bloco de centro-esquerda que está sendo articulado na Casa para fazer frente à candidatura de Maia.  

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Marcel Van Hatten (NOVO-RS) 

O candidato mais recente a se colocar na disputa foi o deputado federal eleito pelo Partido Novo. O anúncio foi feito na terça-feira (23). A bancada do Novo tem oito dos 513 deputados da Câmara. 

 A decisão segue a linha proposta pela legenda, de independência em relação aos demais partidos, mas deve fazer com que o Novo acabe isolado na disputa - e sem cargos importantes na Casa.  

Marcelo Freixo (PSOL-RJ) 

Assim que o PSL divulgou o apoio a reeleição de Rodrigo Maia, o deputado eleito Marcelo Freixo se colocou como candidato a presidente da Casa, em oposição a Maia. O PSOL, porém, não descarta uma aliança com outros partidos para aumentar o bloco de oposição a Maia. 

Ricardo Barros (PP-PR) 

Ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros também é um dos pré-candidatos ao cargo. O partido também estuda lançar o líder da legenda, Arthur Lira (PP-AL), ou entrar em uma coalizão para fazer oposição a Rodrigo Maia. A coalizão seria formada por PP, MDB PTB e PSB.  

O bloco de centro-esquerda 

Capitaneado pelo PT, um grupo de partidos de centro-esquerda ainda tenta fechar um acordo para fazer oposição a principal candidatura, de Rodrigo Maia. As cúpulas do PT, PSB e PSOL poderiam fechar um bloco. As legendas ainda tentam atrair para a coalizão o PDT, o PCdoB e a Rede. Se o grupo se concretizar, terá 136 deputados ao todo.  

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O grupo ainda pode receber reforços do MDB e do PP. Se as duas legendas embarcarem na coalizão, o PSOL já avisou que vai deixar o bloco. O PT ainda tenta atrair o PDT para o bloco, mas o partido de Ciro Gomes já fechou apoio a Rodrigo Maia.

Saíram da disputa

Alguns nomes cotados para a eleição da presidência da Câmara já ‘saíram de circulação’. Eles ainda podem ser ‘reativados’ porque as inscrições para a eleição seguem até às 17h desta sexta-feira (27). São eles: 

Alceu Moreira (MDB-RS) 

Alceu Moreira é o líder da bancada ruralista na Câmara, que já emplacou uma ministra no governo Bolsonaro: Tereza Cristina (DEM-MS) na pasta da Agricultura. Ele foi eleito pela bancada para ser o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), assumindo o lugar da ministra na FPA. O grupo é um dos mais influentes do Congresso e reúne mais de 200 deputados e senadores que atuam na defesa do setor. 

Em campanha, Moreira enviou mensagens aos colegas recentemente, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, pedindo “votos para que possam melhorar a imagem dos parlamentares e, assim, consigam voltar a andar nas ruas sem se sentirem envergonhados”.  

João Campos (PRB-GO) 

João Campos, por sua vez, é integrante da bancada evangélica da Câmara. Além disso, Campos é delegado e vice-presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública - a bancada da bala. Campos também tem uma relação próxima a Bolsonaro.   

Capitão Augusto (PR-SP) 

Capitão Augusto também é da bancada da bala. Ele aposta no fato de representar os militares para levar a melhor na disputa. No início do ano, Augusto criticou a estratégia de Bolsonaro de negociar com as bancadas temáticas da Câmara, ao invés de tratar diretamente com as lideranças partidárias.  

Giacobo (PR-PR) 

Fernando Giacobo é ex-vice-presidente da Câmara e já disputou o comando da Casa em outra ocasião. Ele disputou o mandato tampão que foi aberto depois da cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ele foi vencido por Rodrigo Maia, que se elegeu pela primeira vez naquela ocasião.  

Delegado Waldir (PSL-GO) 

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que seu partido não teria candidato próprio na disputa pela presidência da Câmara, Delegado Waldir afirma que não vai retirar sua candidatura. Ele tem citado como exemplo o próprio presidente da República, que quando deputado se lançou candidato em 2017 e recebeu quatro votos.  

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