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| Foto: Alexandre Carvalho/A2img

A destituição do senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB pode ter impulsionado o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não apenas à liderança nacional da legenda, mas também para se tornar o candidato do partido para as eleições de 2018. E, embora ele próprio tenha negado interesse no comando nacional da sigla, os discursos mais recentes do tucano mostram uma mudança de tom.

“Temos dois pré-candidatos. Vamos aguardar. Essa é uma decisão coletiva do Brasil inteiro”, disse Alckmin durante convenção do partido em São Paulo neste domingo (12) em referência às candidaturas de Jereissati e do governador de Goiás, Marconi Perillo. A disputa acontece no próximo dia 9 de dezembro.

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No entanto, mesmo com as evasivas de Alckmin, seu nome vem ganhando força entre as alas tucanas. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, em convenção realizada na capital paulista, militantes e dirigentes do PSDB conclamaram o governador para comandar o partido e já indicaram apoio para uma pré-candidatura para 2018.

Por outro lado, ele não foi o único a receber indicações para o pleito do ano que vem. O senador José Serra (SP) também contou com torcida entre os correligionários, sobretudo a Juventude do PSDB.

Outro nome forte entre os tucanos, o prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu o goiano Marconi Perillo para liderar a legenda, mas disse que, “se for necessário”, o comando de Alckmin como uma terceira via seria “bom para o partido”.

Apoio de peso

A indicação de Geraldo Alckmin, no entanto, não foi limitado apenas a militantes. Em seu perfil no Facebook, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu que o governador assuma “posição central no partido”.

Além dele, o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, também levantou o nome do político paulistano. Segundo ele, é muito provável que Alckmin assuma o partido. É o que muitos tucanos chamam de terceira via para evitar um racha na convenção do mês que vem.

Aliados de Alckmin alegam, como aponta O Estado de São Paulo, que ele não quer entrar na disputa pela vaga, mas aceitaria a “missão” se fosse aclamado na convenção nacional como solução de consenso.

A vitória nas eleições internas do PSDB é considerada um movimento importante para as disputas à presidência da República em 2018. Quem for indicado líder do partido em dezembro terá mais flexibilidade para viajar pelo Brasil durante a pré-campanha no ano que vem.

Ataques a Aécio

Em paralelo à disputa pela liderança da sigla, a convenção do PSDB em São Paulo também foi marcada por ataques ao senador Aécio Neves (MG). Embora Alckmin falasse que o momento era de união e unidade, os gritos de “Fora, Aécio” evidenciaram o racha que existe entre os próprios tucanos.

“Ele deveria colocar o pijama e voltar para a casa”, disse à imprensa o presidente reeleito do diretório paulista da sigla, Pedro Tobias, sobre Aécio Neves. “Quieto ele ajuda mais”. A crítica foi uma referência à fala do senador mineiro durante a convenção do PSDB-MG, no último sábado, quando Aécio reconheceu que é hora do partido deixar a administração peemedebista, mas “pela porta da frente, da mesma forma como entramos”. Ele disse, sem especificar qual cargo disputaria (se Senado ou governo mineiro), que seu nome no pleito de 2018 é garantido.

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