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Funcionários querem que a estatal continue pagando plano de saúde, incluindo parentes como beneficiários. | Daniel Caron/Gazeta do Povo
Funcionários querem que a estatal continue pagando plano de saúde, incluindo parentes como beneficiários.| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) estão em greve, por tempo indeterminado, desde as 22 horas deste domingo (11). De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a paralisação, que mobiliza trabalhadores de todo o país, tem como uma de suas principais motivações o descumprimento, por parte dos Correios, de uma cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho que trata da assistência médica dos funcionários.

Segundo a Fentect, a direção da empresa quer que os funcionários arquem com mensalidades do plano de saúde e, além disso, retirar dependentes da cobertura. Ainda de acordo com a entidade, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900. Os Correios, por outro lado, dizem que não têm mais condições de arcar com o benefício, que resulta em uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano.

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A questão vem causando atritos entre os trabalhadores e a estatal desde 2016. Como não houve acordo, nesta segunda (12), a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), deve colocar fim ao impasse. O julgamento da questão, que começou no início da tarde e está sendo transmitido ao vivo pelo tribunal, deve culminar em uma decisão no final da tarde – o que pode por fim à paralisação.

A greve foi deflagrada para protestar, também, contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, a suspensão das férias dos trabalhadores, a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. A categoria defende, ainda, a contratação de novos funcionários via concurso público e o fim dos planos de demissão.

Em nota, os Correios classificaram o movimento como “injustificado e ilegal”. Além disso, a estatal afirma que a paralisação foi concentrada na distribuição, e que não afetou, até agora, os serviços prestados nas agências. Segundo levantamento feito pela empresa na manhã de hoje (12), 87,15% do efetivo estão trabalhando.

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