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Os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) estão entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso em 2019.
Os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) estão entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso em 2019.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou nesta quinta-feira (18) sua tradicional lista com os "cabeças" do Congresso Nacional. A relação elenca, entre deputados e senadores, os 100 parlamentares mais influentes de Brasília. A principal constatação da edição de 2019 do trabalho é que, apesar do discurso de renovação que marcou a eleição do ano passado e da forte chegada de estreantes no Congresso em 2019, é a chamada "velha política" quem ainda dá as cartas no Parlamento.

RELAÇÃO COMPLETA: Veja se o seu deputado ou senador está na lista dos mais influentes

Dos 100 parlamentares mais influentes selecionados pelo Diap, apenas 18 exercem em 2019 seu primeiro mandato no Congresso. E mesmo este grupo reúne alguns nomes que, mesmo sendo tecnicamente estreantes em Brasília, não podem ser chamados de novatos no jogo político, como o senador Cid Gomes (PDT), governador do Ceará por dois mandatos, ex-ministro e irmão de Ciro Gomes; o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ministro nos governos Lula e Dilma Rousseff; e o também deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), que foi ministro de Michel Temer e preside seu partido desde 2011.

Entre os representantes da "nova política" que o Diap menciona como os parlamentares mais influentes do Congresso em 2019 estão nomes como Kim Kataguiri (DEM-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP), Vitor Hugo (PSL-GO), Tabata Amaral (PDT-SP) e João Roma (Republicanos-BA).

Há ainda estreantes no Congresso na lista que já exerceram mandatos como deputados estaduais ou vereadores – por exemplo, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcelo Ramos (PL-AM).

Já o grupo de veteranos destacados entre as personalidades mais relevantes de Câmara e Senado contempla nomes controversos, como o deputado e ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG); a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR); o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL); e o presidente nacional do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SP).

O Diap define os "cabeças" de acordo com critérios como ocupação de lideranças, poder de decisão, respeito entre os colegas e capacidade de influenciar o Parlamento. A listagem é produzida anualmente desde 1992.

Os bolsonaristas que marcam presença na lista

O trabalho do Diap identificou uma presença proporcionalmente baixa, entre os "cabeças", do grande grupo de parlamentares eleitos em 2018 na onda conservadora que levou à vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial.

A lista considera o PSL sem levar em conta o racha no partido, em movimento que levou à desfiliação de lideranças como Jair e Flávio Bolsonaro e à criação do Aliança pelo Brasil.

Mesmo com o grupo completo, o PSL é apenas o quarto partido com mais "cabeças". São oito os integrantes do partido mencionados como os mais influentes do Congresso na avaliação do Diap. O PSL chega a ficar atrás do PSDB na relação – e atualmente o antigo partido do presidente Bolsonaro tem 53 deputados federais, contra 33 dos tucanos.

Os "cabeças" do PSL citados na lista do Diap são os deputados federais Delegado Waldir (GO), Vitor Hugo (GO), Felipe Francischini (PR), Filipe Barros (PR), Eduardo Bolsonaro (SP), Joice Hasselmann (SP) e os senadores Flávio Bolsonaro (SP) e Major Olímpio (SP). Destes, Vitor Hugo, Barros e Eduardo devem deixar a sigla, e Flávio já se desvinculou.

Diap também divulga lista de parlamentares em ascensão

Os bolsonaristas estão em baixa também em uma relação complementar produzida pelo Diap, a dos parlamentares "em ascensão" – definidos pela instituição como os "que, mantida a trajetória ascendente, poderão no futuro fazer parte da elite do Poder Legislativo".

O único nome fiel ao presidente da República mencionado no grupo dessa possível futura elite é o da deputada Bia Kicis (PSL-DF). A relação contém ainda dois ex-aliados e hoje desafetos do presidente, os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Luciano Bivar (PSL-PE).

Apesar de a lista falar de parlamentares que estão em crescimento, a relação contempla também veteranos de Congresso, como os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Mário Heringer (PDT-MG), Lídice da Mata (PSB-BA) e Celso Russomanno (Republicanos-SP).

Leia o relatório do Diap sobre os parlamentares mais influentes do Congresso na íntegra

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