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Mais da metade dos brasileiros entrevistados pelo Datafolha acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não será preso pela acusação de supostamente liderar um plano de tentativa de golpe de Estado em 2022, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça (8).
O levantamento é publicado dias depois do ex-presidente promover uma manifestação em São Paulo a favor da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e para participar das eleições presidenciais de 2026 – embora siga inelegível:
- Não vai ser preso: 52%;
- Sim, vai ser preso: 41%;
- Não sabe: 7%.
O Datafolha ouviu 3.054 pessoas entre os dias 1º e 3 de abril em 172 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Bolsonaro se tornou réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana retrasada por unanimidade dos ministros da Primeira Turma, junto de outros sete aliados, entre eles os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
Por outro lado, apesar de grande parte dos brasileiros achar que ele não será preso, uma mesma parcela acredita que Bolsonaro deveria ser detido pela suposta tentativa de golpe de Estado:
- Sim, deveria ser preso: 52%;
- Não deveria ser preso: 42%;
- Não sabe: 7%.
Segundo o Datafolha, a margem dos que veem a necessidade de prisão de Bolsonaro é estreita até mesmo nas regiões em que tem mais apoiadores. No Norte/Centro-Oeste, 47% acham que deveria ser detido, enquanto que 45% dizem o contrário. Já no Sul, varia de 46% a 49%.
A crença na prisão de Bolsonaro também varia de acordo com a religião dos entrevistados. Entre os evangélicos, 54% são contrários e 38% favoráveis. Já entre os católicos, varia de 38% a 54%.
Nesta segunda (7), o ex-presidente voltou a negar qualquer envolvimento no suposto plano de golpe e nos atos de 8 de janeiro de 2023, classificando como um “absurdo” caracterizar a manifestação como uma “tentativa armada de golpe de Estado”.
“Você vai na Polícia Legislativa do Senado, da Câmara, pergunta: alguma arma de fogo foi apreendida? Não. Nem arma branca. Mas como é que foi uma tentativa violenta, armada, de mudar o Estado Democrático de Direito? Não existe. Nenhum tiro foi dado”, disse em entrevista à revista Oeste.
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Bolsonaro também expressou otimismo quanto ao avanço da pauta da anistia no cenário político brasileiro. Ele destacou o apoio crescente de políticos e governadores, que participaram da manifestação pela anistia, na Avenida Paulista, neste domingo (6).
Entre os governadores, estiveram presente Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
“Tem gente de alguns partidos que gostaria de votar conosco, mas fica amarrado na orientação partidária. Até mesmo a esquerda não concorda com o que está acontecendo”, completou.








