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Erros de português

Despacho de Moraes contra Bolsonaro contém série de erros de português

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Alexandre de Moraes cometeu diversos erros de português em decisão. (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

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Na decisão em que manteve as medidas cautelares contra Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes escreveu em caixa alta: “a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA!!!!!”, com erro de gramática e uso de cinco pontos de exclamação. A frase correta seria "a Justiça é cega, mas não é tola", com "mas", já que se trata de uma conjunção adversativa, e não do advérbio de intensidade "mais".

O despacho contém erros ortográficos em diversos trechos. Moraes grafou "à partir" com crase, quando o correto seria "a partir". O equívoco aparece no trecho sobre a tornozeleira eletrônica imposta a Bolsonaro: "RECOLHIMENTO DOMICILIAR NO PERÍODO NOTURNO, À PARTIR DAS 19H00".

Outras passagens do texto contêm erros. Em certo ponto, o ministro escreveu: "Como toda medida cautelar imposta pelo Poder Judiciário, a restrição a utilização as redes sociais não pode ser burlada por esquemas espúrios…", deixando de usar as preposições exigidas ("à utilização das redes sociais").

Em outro parágrafo, ao descrever o uso das redes sociais do deputado Eduardo Bolsonaro para divulgar uma fala do pai, Moraes afirmou que "as redes sociais do investigado EDUARDO NANTES BOLSONARO foram utilizadas à favor de JAIR MESSIAS BOLSONARO". O uso da crase em "à favor" está incorreto – a forma gramatical correta é “a favor”, sem acento.

Em versão corrigida publicada pelo STF posteriormente na manhã da quinta-feira (24), o erro “A JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA!!!!!” foi corrigido para “A JUSTIÇA É CEGA MAS NÃO É TOLA!!!!!”. O ministro manteve a grafia em caixa alta e os cinco pontos de exclamação, e ainda deixou de incluir a vírgula antes do "mas", o que também contraria a norma culta.

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