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Alexandre de Moraes manda segurança checar celular de advogado durante audiência

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Alexandre de Moraes estaria desconfiado que advogado de defesa gravava acareação. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou que um segurança do tribunal verificasse o celular do Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo, que atua na defesa do general da reserva Mário Fernandes no inquérito da suposta trama golpista.

O episódio ocorreu nesta quinta-feira (14) durante a acareação entre o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), Mauro Cid, e o general Marcelo Câmara. Segundo a Folha, Marcus Vinicius teria pedido para apresentar uma questão de ordem relacionada ao monitoramento da localização do ministro no final de 2022 e sua suposta ligação com um plano denominado "Punhal Verde e Amarelo".

A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria do STF para solicitar esclarecimentos sobre o incidente. Eventual manifestação oficial será acrescentada aqui.

O plano, segundo a acusação, previa o assassinato de autoridades, entre elas o próprio ministro, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP). Alexandre de Moraes negou o pedido do advogado, alegando que não era a vez dele fazer perguntas. Marcus Vinícius insistiu e pediu que seu questionamento fosse registrado nos autos. O ministro respondeu que o advogado não participaria mais da sessão. Foi nesse momento que Moraes requisitou a verificação do celular.

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O advogado entregou o aparelho e a senha para a verificação, que confirmou a ausência de gravações da sessão. A tensão entre as partes aumentou, com pedidos mútuos de respeito. Moraes registrou a negativa da questão de ordem na ata da acareação.

Mauro Cid e Marcelo Câmara são réus no STF por participação na suposta trama golpista de 2022. Mário Fernandes está preso como acusado de ser o autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que a Polícia Federal define como uma conspiração para assassinar autoridades. Fernandes, entretanto, alega que o plano foi um "pensamento digitalizado" e nega qualquer tentativa de execução.

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