O advogado Cezar Bitencourt, que defende o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, negou que Cid tenha sido o responsável pela gravação do vídeo usado pela Polícia Federal (PF) como base para a operação da quinta-feira (8) contra Bolsonaro e aliados.
A declaração do advogado foi dada durante entrevista concedida ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta sexta-feira (9).
Na ocasião, o advogado foi questionado sobre a possibilidade de anulação da delação de Mauro Cid, uma vez que o vídeo da reunião entre o ex-presidente e seus ministros traria “novas revelações”. Como a gravação do vídeo tem sido atribuída a Cid, isso poderia desqualificar sua delação, uma vez que ele, em tese, teria omitido informações referentes à reunião.
Cezar Bitencourt disse que não há possibilidade de anulação da delação e afirmou que Cid teria compartilhado todas as informações que detinha. “A contribuição da delação dele está excelente. O resultado está aí”, disse o advogado depois de negar que a operação de ontem esteja relacionada ao depoimento de Cid.
“Em relação à reunião de ontem, foi uma reunião do ex-presidente com a equipe dele, dando as ordens para fazer determinações e etc…”, completou o advogado ao destacar que Cid apenas cumpria ordens de Bolsonaro.
Sobre a inclusão do nome de Cid em diferentes “núcleos” supostamente montados dentro do governo Bolsonaro, o advogado disse que Cid não tinha “essa capilaridade toda”.
“Cid era apenas um secretário, cumpriu ordens e fez o papel dele”, disse Bitencourt.
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