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Após fulga de Silvinei Vasques

Além de Filipe Martins, saiba quem são os demais condenados que tiveram prisão domiciliar decretada pelo STF

Defesa diz que Filipe Martins teria pena menor se integrasse facção STF
Defesa afirma que Filipe Martins, condenado a mais de 21 anos de prisão, foi alvo de um "julgamento político" no STF. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

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A Polícia Federal cumpriu neste sábado (27) dez mandados de prisão domiciliar determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra condenados por tentativa de golpe de Estado. As medidas foram determinadas após a tentativa de fuga do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador.

As ordens atingem integrantes dos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista. O núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, já teve o início do cumprimento das penas determinado anteriormente. Segundo o STF, a decisão busca evitar novas evasões e garantir a aplicação da lei penal.

Entre os alvos da prisão domiciliar estão o ex-assessor da Presidência da República Filipe Martins, a delegada da Polícia Federal Marília Ferreira de Alencar e militares das Forças Armadas. As medidas incluem uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaportes, proibição de visitas, veto ao uso de redes sociais e suspensão de registros de porte de arma de fogo.

As ordens judiciais foram cumpridas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro em algumas diligências.

Quem são os condenados pelo STF

Além de Filipe Martins, condenado a 21 anos de prisão, também tiveram a prisão domiciliar decretada:

  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, condenada a 8 anos e 6 meses de prisão;
  • Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, condenado a 13 anos e 6 meses;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército, condenado a 14 anos;
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército, condenado a 17 anos;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, condenado a 13 anos e 6 meses;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, condenado a 16 anos;
  • Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, condenado a 17 anos;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército, condenado a 17 anos.

Também foi alvo da decisão Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, condenado a 7 anos e 6 meses de prisão. Ele, no entanto, não foi localizado pela Polícia Federal. Segundo seu advogado, Melillo Dinis do Nascimento, Rocha informou que mudou de endereço e não revelou o novo local. O STF ainda não havia publicado formalmente a decisão específica sobre seu mandado até a conclusão desta reportagem.

Ao determinar as prisões domiciliares, o ministro Alexandre de Moraes citou o julgamento de mérito das ações penais referentes aos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista e apontou “fundado receio de fuga” por parte dos condenados, especialmente após a tentativa de evasão de Silvinei Vasques.

Segundo Moraes, estão presentes os requisitos legais para a restrição da liberdade. “É possível a restrição excepcional da liberdade de ir e vir, pois observa-se a presença dos requisitos necessários e suficientes para a decretação da prisão preventiva, apontando, portanto, a imprescindível compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade, notadamente para garantir a aplicação da lei penal”, afirmou o ministro.

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