Dois dos principais alvos da Operação Lava Jato, que era comandada pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) quando ainda atuava como procurador do Ministério Público Federal, e um dos ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a ser preso durante as investigações, comemoraram a cassação do mandato do parlamentar pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça (16).
Pelas redes sociais, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, postou uma curta mensagem com os dizeres “Tchau querido”, em referência à frase que ficou famosa durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Cunha era o presidente da casa na época e determinou a abertura do impedimento.
Já Renan Calheiros (MDB-AL), que também foi alvo da Lava Jato, chamou Dallagnol de “pivete ficha suja” e disse que o deputado “delinquiu no MP [Ministério Público] ávido pelo poder”. “Para fraudar a lei antecipou a exoneração para fugir da ficha limpa, mesmo com 2 condenações no CNMP - 1 de minha autoria - e 15 processos. A Justiça tarda, mas não falha”, completou no Twitter.
O presidente Lula não comentou a condenação de Dallagnol. Mas, seu ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que “lembrei-me de um texto bíblico, que dedico ao presidente Lula. 'Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados’”.
Dino foi além e afirmou que, quando era deputado federal em 2010, foi autor de uma emenda à Lei da Ficha Limpa que determinou a aplicação da legislação a magistrados e membros do MP. “Mas juro que não viajo no tempo, antes de que disso me acusem”, disse em uma postagem.
Outros alvos da Operação Lava Jato, como os ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e Guido Mantega; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; o ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves; o ex-senador Delcídio do Amaral e a própria ex-presidente Dilma Rousseff não comentaram a cassação do ex-procurador.
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