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Manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e de crítica ao resultado da eleição, na Esplanada dos Ministérios, em 10 de dezembro.
Manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e de crítica ao resultado da eleição, na Esplanada dos Ministérios, em 10 de dezembro.| Foto: Reprodução/YouTube

Novas manifestações contra o resultado da eleição presidencial de outubro e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro foram realizadas neste sábado em Brasília e em São Paulo. Na capital federal, o ato ocorreu na Esplanada dos Ministérios. A adesão esteve abaixo do habitual, segundo os organizadores, porque muitos apoiadores do presidente continuam diante do Quartel-General do Exército (que fica distante da Esplanada) e no Palácio do Alvorada. De acordo com informações do site Poder360, havia a expectativa de que Bolsonaro comparecesse ao evento, o que acabou não ocorrendo.

Ainda segundo o Poder360, as faixas e cartazes traziam apelos às Forças Armadas e críticas ao presidente eleito Lula, como “O ladrão não sobe a rampa”, “Forças Armadas, honrem a espada de Caxias” e “O Brasil foi roubado – urnas auditáveis já”. O primeiro discurso foi feito pelo jornalista Oswaldo Eustáquio, que já foi vítima de decisões arbitrárias do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news. Houve orações pelo presidente, e o ato teve a participação de indígenas, que também fizeram discursos no trio elétrico, além de realizar danças e orações tradicionais no gramado próximo ao Congresso Nacional.

Em São Paulo, o ato foi realizado diante do Comando Militar do Sudeste; de acordo com o Poder360, os organizadores haviam orientado os participantes a evitar o termo “intervenção militar” e o nome do presidente. O objetivo seria evitar que os atos fossem classificados como “antidemocráticos” ou “golpistas”, como boa parte da imprensa vem designando as manifestações. Mesmo assim, ainda houve gritos de guerra e cartazes isolados descumprindo a orientação. Entre os pedidos feitos durante o ato estava o de que Bolsonaro usasse as forças de segurança para prender membros do Congresso e ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, segundo manifestantes, teriam trabalhado em conjunto para levar adiante uma suposta fraude eleitoral com o objetivo de dar a vitória a Lula.

As manifestações foram marcadas após Bolsonaro quebrar o silêncio e falar a apoiadores no Palácio do Alvorada, na sexta-feira. “O Brasil não precisa de mais leis, o Brasil precisa que suas leis sejam efetivamente cumpridas. Nós temos assistido, dia após dia, absurdos acontecerem aqui em nossa pátria”, afirmou o presidente, acrescentando que “quem decide meu futuro são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês. Quem decide para onde vai a Câmara e o Senado são vocês também”. Bolsonaro ainda lembrou seu papel de comandante das Forças Armadas: “Tenho certeza entre as minhas funções garantidas na Constituição, é ser o chefe supremo das Forças Armadas (...) as Forças Armadas, assim como eu, devem lealdade ao nosso povo, respeito a Constituição e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade”.

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