![Após declaração de líder do MST, presidente da FPA diz que governo Lula precisa “acalmar” aliados O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária.](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/04/11182851/pedro-lupion-fpa-960x540.jpg)
O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, criticou nesta terça-feira (11) o anúncio de novas invasões feito pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile. Nesta segunda (10), Stédile disse, em vídeo, que o grupo iria realizar invasões de terra em todos os estados do Brasil durante o mês de abril.
“Não cabe um retrocesso da volta de invasões. O vídeo do João Pedro Stédile de ontem é criminoso, é extremamente grave, é incitação a violência, incitação ao crime e um ataque ao direito de propriedade no país”, afirmou Lupion.
O deputado ressaltou que o governo federal deve intervir junto a seus aliados para impedir invasões. “Cabe ao governo federal, a responsabilidade de "acalmar" seus aliados. O próprio presidente da República andou com boné do MST na campanha eleitoral… Eles precisam acalmar isso. A sociedade brasileira não aceita de maneira alguma invasões de propriedade privada”, disse.
As ações do MST fariam parte do “Abril de Lutas”, também chamado de “Abril Vermelho”, realizado em memória do massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em abril de 1996, que resultou na morte de 19 sem-terra.
Além disso, o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou dois pedidos de convocação para que os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Agricultura, Carlos Fávaro, prestem esclarecimentos sobre providências para evitar as ações.
Os requerimentos foram apresentados nesta terça (11) pelo deputado à Comissão de Agricultura e também à Comissão de Fiscalização e Controle. Os membros dos colegiados devem aprovar os pedidos de convocação dos ministros.
MST recua e agora diz que não haverá invasões por todo país
Após a repercussão das falas de Stédile, o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, descartou a possibilidade de o movimento realizar invasões em todo o país. Rodrigues afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que a mobilização deve ser pontual.
"Fizemos 16 ocupações de terra em 2023. Possivelmente haverá mais mobilização na semana que vem, que pode se dar em marchas, assembleias, atos nas capitais, nas assembleias legislativas. Estamos dizendo que não há nenhuma jornada de ocupações de terra", ressaltou o líder do MST.
Neste mês, o MST invadiu uma área em Pernambuco e a superintendência do Incra em Alagoas, para cobrar a exoneração do superintendente do órgão, César Lira, primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
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