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Antes de assumir seu terceiro mandato, Lula prometeu fazer um governo para todos os brasileiros, sem revanchismo contra opositores e de reconciliação nacional. Em quase cinco meses na Presidência, o que se vê diariamente é um presidente que só aparece para falar mal do governo passado e tentar demolir avanços obtidos nos últimos anos na economia.

As frentes de ataque são amplas e variadas e buscam escamotear a falta de planos para os inúmeros problemas do país. Em vez de frear a gastança, o PT culpa o Banco Central pela estagnação. Ignora que com a autonomia, a instituição tem segurado a inflação.

O teto de gastos, que ajudou a colocar em ordem as finanças públicas, é constantemente criticado em favor de um duvidoso e incerto “arcabouço fiscal”, que, no final das contas, cria um piso crescente de despesas, só possível com um aumento insuportável dos tributos.

Mais importante pilar do PIB brasileiro, o agronegócio também tem sido afrontado, simplesmente porque apoiou o ex-presidente e ainda tem grande estima por ele. Para ameaçá-lo, ministros petistas dão reiteradas amostras de apoio aos invasores do MST.

As estatais, que sob Lula e Dilma amargaram rombos bilionários, por corrupção e má gestão, voltam a ser cortejadas, com propostas que já deram errado no passado recente.

Já que redes sociais se tornaram território da nova direita, onde a esquerda perde de goleada, o governo tenta aprovar uma lei para pressionar as plataformas a retirar do debate quem incomoda, sob o pretexto de querer combater o “discurso de ódio”.

Na educação, a tentativa é de derrubar o novo ensino médio, que mal começou a ser implantado e poderia direcionar melhor a capacitação profissional dos estudantes. No ensino básico, a promissora política de alfabetização criada no governo passado foi logo extinta, e não se sabe muito bem o que será colocado no lugar.

O governo está perdido, e Lula está longe, da realidade e do país. Não percebe que parte da sociedade acordou, que o Congresso não se deixa conquistar tão facilmente, que o mercado tomou gosto pelo liberalismo. Sem empenho para resolver problemas e cercado de auxiliares bajuladores e medíocres, o presidente prefere viajar para o exterior, onde tenta se vender como estadista e líder internacional. Sem competência, discernimento e grandeza, passa vexame.

Para manter a militância animada e tentar segurar alguma popularidade, a estratégia parece ser desviar o foco para atacar a direita, e colocar a culpa por todos nos males nos outros. É o tema do Segunda Opinião desta segunda-feira (22), com Renan Ramalho, Paula Marisa, Flávio Gordon e Karina Michelin.

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