Ato em Araraquara vira palco político para afago a Lula de prefeito cotado para a Secom

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O prefeito da cidade de Araraquara (SP) e um dos principais companheiros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo da carreira política, Edinho Silva (PT) afirmou nesta sexta (24) que o correligionário “venceu o autoritarismo” em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas, e que ele é um “realizador de sonhos”.

O afago foi feito durante a cerimônia para a assinatura da ordem de serviço do início das obras de prevenção a desastres na cidade, que receberão R$ 143 milhões em recursos para infraestrutura de drenagem e reurbanização. O ato se tornou um palco político em tom de palanque de afago a Lula em vez de uma cerimônia oficial de Estado.

Edinho vem se destacando no governo ao coordenar, junto da primeira-dama Janja Lula da Silva, as ações de ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul, tanto que começou a ter o nome cotado para assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) após a saída de Paulo Pimenta para a Secretaria Extraordinária de Reconstrução do estado. Ele também é cotado para assumir a presidência do PT no ano que vem.

“Ele tem realizado o sonho de transformar o país chamado Brasil numa nação do povo brasileiro que não quer o ódio, a intolerância, agressividade, fake news, mentira. Minha gratidão pelo senhor ser o presiente que realiza sonhos, e a minha de vivenciar este momento da história. A minha eterna gratidão ao senhor”, disse Edinho durante a cerimônia desta sexta (24).

Lula estava em Araraquara no dia 8 de janeiro de 2023, acompanhado de Edinho Silva, e foi de lá que anunciou as primeiras medidas contra os envolvidos nas invasões e depredações dos prédios públicos, como a intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

O fato foi lembrado pelo ministro Renan Filho (Transportes), mencionando que foi de lá que Lula “interrompeu aquela agenda e tomou as primeiras decisões do seu governo que equilibram a democracia, restabelecem a ordem no país e que demonstra que o Brasil não é lugar para golpe. É para respeito ao resultado das urnas”.

Pouco depois, mencionando a obra em Araraquara e também levando o discurso para o lado político, o ministro Jader Filho (Cidades) afirmou que “essa é a maior obra da história de Araraquara, e só uma pessoa de caráter, intenção e espírito público que o presidente Lula tem. [...] O senhor salvou o país, saiu das áreas sombrias que eles queriam nos trazer”. Em tom de palanque, ele ainda criticou “o que aconteceu nos últimos quatro anos, onde se acabou com o Minha Casa Minha Vida, com as grandes obras de infraestrutura”.

Lula tomou o microfone “logo depois de ouvir tantos companheiros bons de garganta”, elogiando Edinho Silva e a própria cidade de Araraquara.

“A elite brasileira não gosta quando falo algumas verdades. Este país não foi apenas o último a abolir a escravidão e a garantir o direito de voto das mulheres. Foi o ultimo a ter a independência. Este país não tem heróis, só o Tiradentes”, disse Lula sendo aclamado por algumas pessoas na plateia.

Em tom de palanque, Lula retomou o discurso de diferenciar o que é gasto e o que é investimento, e afirmou que os R$ 143 milhões que está destinando à Araraquara pela cidade ter tido um “desastre climático” e que, como qualquer outra, merece o dinheiro ou ainda mais. “Além do que, Araraquara tem um prefeito que, se você pegar os 5,7 mil prefeitos que tem nesse país, não vai encontrar nenhum melhor do que o companheiro Edinho, mais qualificado e preparado”, completou.

“Eu voltei para concorrer as eleições porque esse país estava sendo destroçado pelo negacionismo, por pessoas que negavam, que não acreditavam em vacina, que receitavam remédios. Por isso que eu voltei, e vou consertar esse país com a ajuda de vocês”, disparou e encerrou o discurso elogiando o companheiro prefeito.