O procurador-geral da República, Augusto Aras, acionou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para que reforce a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Mato Grosso. A solicitação é para que os bloqueios de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que não aceitam a derrota na eleição não criem uma crise no estado, um dos maiores produtores do agronegócio brasileiro.
Aras foi informado pelo Ministério Público Federal (MPF) de que ainda há manifestação bloqueando uma ponte na BR-163 impedindo o acesso a diversos municípios da região de Guarantã do Norte. Além disso, embora os bloqueios nas cidades de Lucas do Rio Verde Sinop e Comodoro tenham sido desfeitos, há indícios de que novas barreiras serão implantadas nessas localidades.
De acordo com as informações repassadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, um comboio de 200 caminhões estaria se deslocando em alta velocidade da cidade de Sorriso para Cuiabá. O intuito, segundo o levantamento do MPF, seria paralisar a capital de Mato Grosso.
No ofício, Aras também aponta o baixo efetivo da PRF na região de Nova Mutum, composta por seis municípios. Segundo o procurador-geral da República, apenas 54 policiais rodoviários em apenas quatro viaturas estariam monitorando essa situação.
Quatro pontos nas rodovias federais seguiam bloqueados por manifestantes até por volta de 15h30 deste sábado (5). Todas as ocorrências são de interdição, com fluxo de veículos parcialmente interrompido. As mobilizações são nas cidades de Altamira, no Pará, e em Campos de Júlio e Comodoro, no Mato Grosso.
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