Deputada Carla Zambelli (PL-SP) aponta arma para homem no meio da rua em São Paulo
Deputada Carla Zambelli (PL-SP) aponta arma para homem no meio da rua em São Paulo| Foto: Reprodução/Twitter

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Procuradoria-Geral da República a tomar o depoimento da deputada Carla Zambelli (PL-SP) sobre o episódio em que sacou uma arma e perseguiu um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, no último dia 29, véspera do segundo turno da eleição.

Após discutir com o lulista, a parlamentar atravessou a rua armada e entrou em um bar apontando a arma para ele. Na confusão, um policial amigo da deputada disparou um tiro. Zambelli disse ter sido xingada e agredida. Parlamentares do PT e advogados pediram ao STF para que ela seja investigada por porte ilegal de arma, em razão da proibição de uso na véspera da eleição. Sorteado relator do caso, Gilmar Mendes solicitou manifestação da PGR, que pediu a remessa dos boletins de ocorrência e a oitiva da deputada.

Na decisão deste sábado (5), o ministro cogitou “eventuais infrações penais contra a liberdade pessoal, a honra ou a vida dos envolvidos” e autorizou o depoimento.

“Ainda que tal depoimento já tenha sido prestado em primeiro grau, a reinquirição da parlamentar pelo promotor natural do caso constitui medida útil ao regular desenvolvimento das investigações, razão pela qual deverá ser imediatamente realizada pela PGR, tendo em vista inclusive a relevância do caso e a necessidade de se imprimir um ritmo adequado a este procedimento investigativo, em observância à dimensão objetiva do princípio da razoável duração do processo”, escreveu.

Nesta semana, Zambelli viajou para os Estados Unidos. Por isso, Gilmar Mendes registrou que o depoimento pode ser tomado por videoconferência. Se houver revelia, ele autorizou o prosseguimento das apurações “independentemente dos esclarecimentos a serem prestados pela parlamentar”.

Em nota divulgada pela assessoria, a deputada Carla Zambelli afirmou que "é a maior interessada no célere e rápido andamento da investigação, onde será possível a PGR concluir que não houve nenhuma conduta ilegal por parte da parlamentar". "Tão logo intimada, Carla estará à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos", diz o texto.