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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez um dueto com o cantor sertanejo Leo Chaves, da dupla Victor e Leo, durante participação na festa de 53 anos do presidente do partido Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP), que aconteceu em Brasília, na noite desta quarta-feira (23).
Barroso e Leo Chaves cantaram a música “tocando em frente” de autoria de Almir Sater e Renato Teixeira. “A partir de hoje uma nova dupla sertaneja no Brasil para você: Léo e Barroso”, disse o cantor. Barroso emendou: “Provavelmente, vai ser mais divertido do que a vida que eu levo”.
O presidente do Republicanos também participou da cantoria e aproveitou a festa para lançar o livro “A Inconstitucionalidade de Leis Brasileiras: Entre Causas e Efeitos”.
Após o dueto repercutir nas redes sociais, o presidente do STF foi alvo de críticas pela participação na festa de um dirigente partidário.
Críticas
Para o ex-deputado e ex-senador, Roberto Freire, “um político frustrado pode ser bom ou mau cantor, mas quando em tertúlias - onde as cantadas são de interesses - não são nada aconselháveis e com certeza são reprováveis em qualquer país democrático no mundo”.
“Se ficássemos só no cantador - parece que de um patamar acima do cantor de chuveiro - numa reunião privada com amigos, nada a criticar. Mas, os convescotes, encontros festivos com toda sorte de potenciais quando não já efetivos, interessados em processos no Judiciário, não condizem com a respeitabilidade das funções de ministro da Corte Suprema de Justiça do país”, escreveu o ex-parlamentar em seu perfil no X.
Já o deputado Bibo Nunes (PL-RS) classificou a participação de Barroso na festa como “vergonha”.
“Essa do presidente do STF, Barroso, cantar em dupla com cantor sertanejo é de dar nojo. Nada contra o cantor, mas que postura ridícula de um presidente do STF. Já pedi o impeachment dele duas vezes, parece que implica o terceiro pedido. Vergonha na décima terceira potência”, disse o parlamentar pelas redes sociais.
O que diz o STF
A Gazeta do Povo entrou em contato com o STF para comentar sobre as críticas e questionar se a Corte Suprema vê problemas na proximidade de Barroso com um dirigente partidário. O jornal não recebeu resposta até o fechamento desta matéria. A Gazeta continua aberta para quaisquer manifestações do Tribunal sobre o caso.
A festa
Além de Barroso, também participaram da festa o ministro Gilmar Mendes e políticos de vários partidos.
Entre os convidados estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Luiz Marinho (Trabalho).
Também marcaram presença, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB); o líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e os presidentes do PP, Ciro Nogueira; do União Brasil, Antônio Rueda; e do PSD, Gilberto Kassab.
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