O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que vai viajar nesta semana para a Argentina para participar da posse do presidente eleito Javier Milei. No documento, a defesa afirmou que a comunicação sobre a viagem ocorreu em razão das investigações em curso na Corte que envolvem o ex-mandatário. O evento está marcado para o próximo domingo (10).
"Em atenção às investigações em curso e com profundo respeito a este Juízo, o peticionário [Jair Bolsonaro] vem aos autos informar que estará temporariamente ausente do país no período compreendido entre os dias 07 e 11 de dezembro", diz a petição protocolada nesta terça-feira (5).
Mais cedo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá à posse de Milei. O representante do governo brasileiro na cerimônia será o chanceler Mauro Vieira. Bolsonaro irá acompanhado de seus familiares e de uma comitiva de governadores e parlamentares.
Os inquéritos que tramitam no STF não impedem Bolsonaro de deixar o Brasil. Mesmo assim, o ex-presidente afirmou que está "comprometido com a Justiça e suas obrigações legais” e anexou cópias de suas passagens aéreas de ida e volta, bem como o itinerário com os detalhes da viagem.
Em maio, Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre a inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde. Moraes chegou a determinar que o passaporte do ex-presidente fosse apreendido, mas a Polícia Federal não recolheu o documento. Segundo a petição, o ex-presidente vai utilizar sua carteira de identidade (RG), e não o passaporte, para entrar na Argentina.
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