O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não viajar ao Rio de Janeiro para conferir pessoalmente os estragos causados pela chuva recorde deste final de semana que vitimaram 11 pessoas.
A visita de um presidente da República a uma área fortemente afetada por desastres naturais é de praxe, mas Lula se omitiu deste compromisso não apenas neste final de semana, mas também no ano passado quando o estado do Rio Grande do Sul também sofreu com temporais. Na época, ele enviou a primeira-dama, Janja Lula da Silva, liderando uma comitiva de ministros.
“Por onde anda o Lula, braço do [prefeito do Rio de Janeiro] Eduardo Paes [PSD], para ajudar o Rio de Janeiro nestas enchentes causadas pelas chuvas das últimas horas? Ah, ele está viajando pelo mundo com o seu par, assim como ocorrido no Rio Grande do Sul”, disse Bolsonaro em uma postagem temporária em uma rede social.
Lula não foi ao Rio Grande do Sul em setembro do ano passado por estar participando do encontro do G20 na Índia. Já neste fim de semana, o presidente estava em Brasília e apenas telefonou para Paes e para Wagner dos Santos (Republicanos), prefeito de Belford Roxo e aliado político esposo da ex-ministra Daniela Carneiro, do Turismo.
A crítica de Bolsonaro associando Lula às viagens internacionais se deu por conta dos 62 dias que o presidente passou fora do país em compromissos pelo mundo, em que visitou 24 nações das Américas, Europa, Ásia e África.
Um pouco mais cedo, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, chegou a associar a tragédia no Rio a um “racismo ambiental e diplomático”. “Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem [sábado, 13] nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”, escreveu nas redes sociais.
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