![Bolsonaro diz que críticas de Olavo ‘não contribuem’ com o governo O escritor Olavo de Carvalho, guru da nova direita brasileira. Foto: Reprodução/Facebook](https://media.gazetadopovo.com.br/2019/04/22192556/Olavo-3.png)
O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta segunda-feira (22), por meio de nota, às críticas do escritor Olavo de Carvalho a integrantes do governo federal, principalmente, à ala militar do Palácio do Planalto. Bolsonaro afirmou, em comunicado lido pelo porta-voz Otávio Rêgo Barros, que Olavo não contribui com os objetivos do governo.
“O professor Olavo de Carvalho teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fizeram ao nosso País. Entretanto, sua recentes declarações contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento dos objetivos propostos em nosso projeto de governo, que visam ao fim e ao cabo ao bem-estar da sociedade brasileira e ao soerguimento do Brasil no contexto das nações”, disse o porta-voz, ao ler a nota do presidente.
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Conforme Rêgo Barros, o presidente entende que Olavo de Carvalho possui "espírito patriótico" e tenta "contribuir com a mudança e o futuro do Brasil".
A afirmação de Olavo de Carvalho, em vídeo que foi posteriormente apagado tanto de sua conta quanto da conta de Jair Bolsonaro, que havia compartilhado o conteúdo, gerou resposta do vice-presidente Hamilton Mourão.
"Eu acho que ele deve se limitar à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Ele pode continuar a prever as coisas, que ele é bom nisso", disse Mourão.
Entenda o vídeo
No último sábado (20), um vídeo em que Olavo fazia críticas a aliados de Bolsonaro, sobretudo militares, foi publicado no canal oficial do presidente no YouTube e divulgado depois pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente. Após repercussão negativa, o vídeo foi apagado no domingo (21).
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Na gravação, o escritor questiona a contribuição das escolas militares para o país e diz que o regime militar (1964-1985) "destruiu os políticos de direita".
"Qual foi a última contribuição das escolas militares para a alta cultural nacional? As obras do Euclides da Cunha. Depois de então foi só cabelo pintado e voz empostada. Cagada, cagada. Esse pessoal subiu ao poder em 1964, destruiu os políticos de direita e sobrou o quê? Os comunistas."
O escritor que vive nos EUA estudou astrologia e é considerado uma espécie de guru dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e de ministros do chamado núcleo ideológico do governo, como Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Abraham Weintraub (Educação).
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