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Jair Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou, por meio de seu Twitter, a incidência ainda sem critérios de impostos seletivos, prevista na reforma tributária.| Foto: Marcos Correa/PR.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou novamente neste domingo (23) por meio de seu perfil no Twitter a sua opinião crítica sobre a reforma tributária aprovada na Câmara, destacando riscos com os chamados impostos seletivos previstos no projeto. Para ele, a ideia de sobretaxar bens e serviços considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente pode ter graves consequências, como inflação, desemprego e desabastecimento.

"Mais que pontos ainda obscuros, tal como a ausência de alíquota base ou detalhes operacionais da divisão dos impostos entre entes federativos, a reforma permite ainda ao presidente (aquele que tem orgulho em ser chamado de comunista) sobretaxar tudo aquilo que julgue ser prejudicial à saúde ou ao planeta", postou.

O texto aprovado na Câmara em 6 de julho, atualmente em análise pelos senadores, estabelece a criação de imposto seletivo que incidirá sobre a produção, venda ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, porém sem especificar quais itens seriam afetados. Bolsonaro manifestou na rede social sua preocupação de essa sobretaxa alcançar insumos agrícolas, tornando os alimentos mais caros. Segundo o texto aprovado, a alíquota padrão seria de 40%.

Bolsonaro também afirma que a reforma pode encarecer os transportes ao elevar o preço dos combustíveis, que terão regime tributário específico e com alíquota uniforme. “Essa sobretaxa, sem passar pelo Congresso, poderá ser tanto maior quanto assim julgar, ou necessitar, o governo. Inflação, desemprego e desabastecimento desajustariam a economia, abrindo-se as portas para o sonhado comunismo”, disse.

O ex-presidente se posicionou contra a votação da reforma e orientou seus deputados aliados nessa direção, divergindo da postura favorável do Republicanos, particularmente do governador Tarcísio de Freitas, do Progressistas e até mesmo de parte do PL. Vinte dos 99 deputados do partido de Bolsonaro votaram sim ao texto.

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