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O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), defendeu a reabilitação política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o ex-mandatário “está vivo” e “representa a direita”. O senador também criticou a pressão de aliados para que Bolsonaro decida com antecedência sobre um eventual sucessor para as eleições de 2026.
“A narrativa do Judiciário está impregnando as pessoas. Isso é deplorável. Para que velocidade nesse processo? O deadline (prazo limite) é agosto de 2026, época do registro eleitoral. Bolsonaro está vivo, representa a direita e é necessário aguardar o desdobramento do processo”, afirmou Marinho em entrevista concedida ao jornal O Globo, nesta terça-feira (15).
“Defendo o nome dele até que ele decida o que quer fazer, até serem esgotadas as possibilidades. A esquerda é árida, não existem outras lideranças, exceto o Lula. Na direita, surgem outros nomes. Mas, quem dirá qual é o nome será Bolsonaro”, continuou.
O senador negou que a antecipação das viagens de Bolsonaro pelo país, antes de ser internado, teria relação com suposto receio de prisão por conta do julgamento que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto “plano golpista”.
“O Rota 22 (nome dado à caravana do ex-presidente pelo país) será feito em todos os anos que antecedem as eleições. Queremos mostrar quem somos, defender o conservadorismo. Precisamos chegar aos estados para a massificação das nossas ideias. Sobre Bolsonaro, acho que ninguém mata um sentimento e uma ideia. A maioria da população é conservadora”, disse Marinho.
Segundo o senador, a antecipação das viagens está ligada à desaprovação crescente do presidente Lula (PT).
“Hoje, a população brasileira se vê machucada pela falência econômica do Brasil. Sim, temos a queda do poder de compra da população mais pobre. É claro que isso precisa ser trabalhado. Lula está há mais de dois anos no poder, mas tudo o que acontece é culpa dos outros”, destacou o senador.
Anistia
Questionado sobre a estratégia da oposição para pautar o PL da Anistia, o senador reconheceu a ineficácia das obstruções na Câmara e defendeu o diálogo com o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Nós não temos tamanho no Congresso para uma obstrução eficiente. Eu advogo pela transigência, pela política. (O presidente da Câmara) Hugo Motta já disse que a pauta vai andar quando tiver assinaturas suficientes. Mas, o instrumento da obstrução também é da política, faz parte do jogo. É necessário dar conforto ao Motta, mostrar que o texto pode tramitar”, afirmou.
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