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Ex-presidente

Bolsonaro nega tentativa de golpe em 8/1 e diz que acusações “não se sustentam”

“Nada se sustenta na tentativa de golpe”, afirma Bolsonaro ao comentar julgamento no STF. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar qualquer envolvimento nos atos do dia 8 janeiro e afirmou nesta segunda-feira (7) que é um "absurdo" caracterizar a manifestação como uma "tentativa armada de golpe de Estado". A declaração foi em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) torná-lo réu por suposta tentativa de golpe.

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"Você vai na Polícia Legislativa do Senado, da Câmara, pergunta: alguma arma de fogo foi apreendida? Não. Nem arma branca. Mas como é que foi uma tentativa violenta, armada, de mudar o Estado Democrático de Direito? Não existe. Nenhum tiro foi dado", disse Bolsonaro, em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.

Ao comentar sobre a ação penal no STF, o ex-presidente questionou as acusações de depredação de patrimônio, argumentando que estava nos Estados Unidos no dia dos atos. "Como é que eu depredei o patrimônio? E outra: eles não conseguem me vincular ao que aconteceu em novembro e dezembro, até o oito de janeiro. Eu não estava aqui. Eu até digo: o plano deles só não foi perfeito porque eu não estava no Brasil", declarou.

"Se eu estivesse aqui, com toda a certeza, a Polícia Federal teria invadido a minha casa naquela noite de domingo ou na madrugada de segunda-feira, e me arrancado daqui. Eu estaria preso até hoje? Não sei se estaria vivo. Mas, no mínimo, preso até hoje", completou Bolsonaro.

Inicialmente, Bolsonaro afirmou ter achado "correta" a atuação da Polícia Militar na retirada dos manifestantes dos prédios públicos, mas ironizou a hipótese de um golpe.

"No dia seguinte, quem seria o presidente da república? A irmã Hilda? Quem estaria presidindo a Câmara? O pipoqueiro? Quem estaria presidindo o Senado? O sorveteiro? E quem estaria à frente do Supremo? A Débora? É isso? Então a gente vê aqui uma coisa absurda caracterizar hoje em janeiro como uma tentativa armada de golpe de Estado", apontou.

Otimismo com a anistia

Jair Bolsonaro também expressou otimismo quanto ao avanço da pauta da anistia no cenário político brasileiro. Ele destacou o apoio crescente de políticos e governadores, que participaram da manifestação pela anistia, na Avenida Paulista, neste domingo (6). Entre os governadores, estiveram presente Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

Bolsonaro argumentou que muitos parlamentares, inclusive da base governista, simpatizam com a anistia. "Tem gente de alguns partidos que gostaria de votar conosco, mas fica amarrado na orientação partidária. Até mesmo a esquerda não concorda com o que está acontecendo", disse.

Críticas ao ministro Alexandre Moraes

Sem citar diretamente o nome do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro afirmou que ele "não quer mostrar a verdade" e que seu "objetivo é condenar". Em seguida, declarou: "Se estão dando 17 anos para essas pessoas, o objetivo é dar pelo menos 30 pra mim."

"A pessoa que dá o tom do inquérito é vítima, interroga, vai ser juiz, dá dica ao delator... ela é tudo", criticou.

Para Bolsonaro, a única forma de o Brasil recuperar a normalidade institucional é com a aprovação da anistia. "A gente quer voltar à normalidade, quer paz, quer tranquilidade", concluiu.

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