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Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), em visita a uma fábrica da Tesla na Alemanha, em março de 2024.
Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), em visita a uma fábrica da Tesla na Alemanha, em março de 2024.| Foto: Filip Singer/EFE/EPA

O ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares conservadores e direitistas também foram ao X (antigo Twitter) para elogiar Elon Musk, proprietário da rede social, que na noite de sábado anunciou a intenção de restaurar o acesso, no Brasil, a todas as contas suspensas por ordem do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral.

Bolsonaro republicou, no sábado, o vídeo de seu encontro com o bilionário, quando ainda estava na Presidência da República. Não se referiu especificamente ao anúncio de Musk, chamando-o apenas de “mito da nossa liberdade”:

O deputado federal e colunista da Gazeta do Povo Marcel van Hattem (Novo-RS) está entre os parlamentares mais ativos nas redes sociais depois do anúncio de Musk. Ele publicou uma série de mensagens e republicou o vídeo do jornalista Michael Shellenberger, responsável pela divulgação dos Twitter Files, afirmando que “o Brasil está à beira da ditadura” e que “Lula está participando deste impulso em direção ao totalitarismo” – Shellenberger morou no Brasil e fala português.

No fim da noite, Van Hattem ainda publicou o áudio de uma conversa com Shellenberger e convidados como Ana Paula Henkel e Hélio Beltrão.

O ex-procurador da Lava Jato, ex-deputado federal e colunista da Gazeta do Povo Deltan Dallagnol, além de retuitar várias outras mensagens, escreveu uma resposta ao advogado-geral da União, Jorge Messias, rebatendo cada um dos argumentos usados por Messias para defender a regulamentação das redes sociais. Deltan afirma, por exemplo, que “o TSE removeu como ‘fake news’ uma série de conteúdos que eram OPINIÕES e não fatos e, portanto, não poderiam ser classificados como falsos FATOS. Chegou a criar um conceito que não existe no mundo de ‘desordem informacional’ para coibir conteúdo verdadeiro crítico a Lula”, e que “o TSE cancelou uma série de contas de redes sociais (Monark, PCO, Marcos do Val) por conta de posts específicos”, acrescentando que “se havia algo ilegal, posts específicos poderiam ser removidos, mas jamais as contas inteiras, o que é o equivalente moderno de cortar a língua das pessoas, à censura prévia, e não tem previsão constitucional ou legal”.

Também deputado federal e colunista da Gazeta, Nikolas Ferreira (PL-MG) aproveitou para recordar a necessidade da CPI do Abuso de Autoridade, que já tem assinaturas suficientes na Câmara dos Deputados, mas depende de uma decisão do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), para ser instaurada.

Ferreira ainda recuperou mensagens antigas de petistas criticando Alexandre de Moraes por ocasião de sua indicação ao STF, em 2017, durante o governo de Michel Temer. Em uma delas, Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, afirmava que a indicação era “prejudicial à democracia”.

O senador Magno Malta (PL-ES) também apontou contradições do petismo, que ainda hoje chama de “golpe” o impeachment de Dilma Rousseff e sua substituição por Temer: “quem chama Temer de golpista nesse caso estaria dizendo que o senhor se tornou ministro como fruto de um golpe. Essas pessoas não estariam produzindo desinformação e fake news, ministro? O que fazer?”

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi ao X ainda antes da decisão de Musk, comentando a mensagem do bilionário em que perguntava a Moraes a razão de ele exigir “tanta censura no Brasil”.

Depois do anúncio da suspensão das restrições, Gayer voltou à rede social e, entre outros comentários, rebateu os pedidos da esquerda pela retomada da tramitação do PL das Fake News, chamado também de “PL da Censura”.

Até a manhã deste domingo, as contas do X suspensas por ordem judicial ainda não podem ser vistas por usuários da rede no Brasil, estando disponíveis apenas para quem usa VPN. No anúncio, Musk não detalhou que contas pretendia restaurar, nem quando e de que maneira isso aconteceria.

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