Depois de ser "atropelado" pela decisão dos Estados Unidos de indicar um nome para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o governo brasileiro divulgou nota em que avalia como "positiva" a candidatura dos norte-americanos. "Brasil e os Estados Unidos compartilham valores fundamentais, como a defesa da democracia, a liberdade econômica e o Estado de Direito. O Brasil defende uma nova gestão do BID condizente com esses valores e com o objetivo maior de promoção do desenvolvimento e da prosperidade na região", afirma a nota.
Apesar do posicionamento, o governo do Brasil tinha a intenção de indicar um nome do país para o cargo (hoje ocupado pelo colombiano Luis Alberto Moreno) e foi pego de surpresa pela decisão dos norte-americanos. Até segunda (15), o Ministério da Economia acreditava que teria o apoio do governo Trump no pleito e conseguiria emplacar um nome do país para a presidência da instituição. Há cerca de duas semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avisou o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, por telefone, que o Brasil indicaria Rodrigo Xavier, ex-presidente do UBS e do Bank of America no Brasil, para o posto. O americano, entretanto, não se comprometeu com o apoio.
Na terça-feira (16) os EUA anunciaram a intenção de nomear Mauricio Claver-Carone para o posto. Atual diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Carone é considerado um dos responsáveis pela política mais linha dura do governo republicano com relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua. A eventual eleição do americano quebra uma tradição de escolher um nome da região para chefiar a instituição. Por já serem os maiores acionistas, os EUA costumam ficar de fora do rodízio de presidentes do banco. O governo Trump no entanto está disposto a quebrar o protocolo.
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