Aécio Neves
Advogados de Aécio Neves (PSDB) classificam a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais como insustentável.| Foto:

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) foi denunciado nesta sexta-feira (18), pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Cidade Administrativa, a sede do governo do estado. A obra custou R$ 1,3 bilhão. Outras 15 pessoas também foram denunciadas. Os nomes não foram divulgados pelo MP. Aécio, hoje deputado federal, já havia sido denunciado em maio pela Polícia Federal por corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica em investigação envolvendo a obra. O esquema teria ocorrido entre 2007 e 2010, período em que o tucano era governador de Minas Gerais.

O MP afirma que "restou demonstrado que, a convite do então governador de Minas Gerais, nove empresas de engenharia se reuniram e entraram em conluio para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras da Cidade Administrativa". A promotoria diz ainda que os gastos com a obra foram acima do que realmente deveriam ser. "Os valores contratados, em razão da absoluta inexistência de competição na licitação, foram superiores aos valores orçados e superiores aos valores de mercado. Além do sobrepreço do valor do contrato e da fraude à licitação, a porcentagem de 3% dos valores pagos às empresas contratadas foi entregue ao então governador, por meio do diretor da CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais), como propina".

A assessoria de comunicação do deputado divulgou nota afirmando que os advogados do parlamentar classificam a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais como "insustentável". "A defesa do deputado Aécio Neves lamenta a precipitação e o absurdo da denúncia apresentada pelo Ministério Público".