O procurador-geral da República, Augusto Aras.
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Pedro França/Agência Senado.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se reuniu nesta quarta-feira (24) com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e com os comandantes das Forças Armadas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) não informou detalhes do encontro e disse que a reunião foi realizada para discutir o “papel das instituições”, informou o Estadão.

O encontro foi na sede do Ministério da Defesa e reuniu, além de Aras e Nogueira, o almirante Almir Garnier, comandante da Marinha; o general Marco Antônio Freire Gomes, chefe do Exército; e o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica.

A reunião ocorre um dia após a Polícia Federal realizar uma operação contra oito empresários que supostamente teriam defendido um golpe de estado, no caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. Ainda na terça (23), Aras afirmou que não havia sido notificado com antecedência sobre a operação.

O procurador-geral da República foi rebatido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes horas depois. Segundo Moraes, a PGR foi intimada pessoalmente na segunda-feira (22). O site jurídico Jota divulgou uma reportagem na terça afirmando que uma análise preliminar mostrou mensagens entre Aras e empresários que foram alvo da operação da PF.

A assessoria de Aras afirmou que ele tem amigos no mundo empresarial e, portanto, há conversas entre eles. No entanto, a assessoria ressaltou que o PGR não trocou informações sobre as diligências policiais sobre a operação e que as mensagens enviadas foram comentários apenas “superficiais”.