rodolfo costa
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O voto impresso pode ser uma realidade se o deputado Arthur Lira (PP-AL) for eleito presidente da Câmara. Em conversas com deputados governistas, especialmente os bolsonaristas, o líder do Centrão prometeu que vai dar andamento à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019. Ou seja, vai instalar a Comissão Especial que discutirá o projeto e deixar que a Casa aprove ou não.

Para evitar críticas à pauta, deputados bolsonaristas como a deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC 135/19, vem chamando nos bastidores a proposta de "PEC do voto auditável". A tendência é que esse movimento passe a ganhar força após as eleições. Há um entendimento de que os críticos tentam criar uma falsa narrativa do voto impresso, a fim de associá-lo à volta do voto de cédula.

O que a PEC 135/19 propõe é auditar os votos por meio de urnas híbridas. Ou seja, o voto impresso com a geração de uma cédula física apenas para a confirmação do voto. A proposta insere um parágrafo no artigo 14 da Constituição para determinar que, na votação, seja obrigatória a impressão de cédulas físicas e conferíveis pelo eleitor, “a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.

O presidente Jair Bolsonaro, que apoia a candidatura de Lira, faz uma clara defesa ao voto impresso. Nesta quinta-feira (7), ele disse que, sem voto impresso nas eleições de 2022, o Brasil pode ter "problema pior que os Estados Unidos", em referência aos violentos protestos de manifestantes pró-Trump que invadiram o Capitólio na tarde de quarta-feira (6).