O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.| Foto: Reprodução/YouTube MST.

A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) no Congresso Nacional solicitou nesta quarta-feira (12) que autoridades federais e do estado de São Paulo iniciem uma investigação criminal e ações administrativas contra o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

De acordo com a FPA, o líder do MST anunciou uma “iminência de uma onda de crimes no país” em um vídeo no qual mencionou mobilizações em todos os estados, como marchas, vigílias e invasões de terras. As ações do MST fariam parte do “Abril de Lutas”, também chamado de “Abril Vermelho”, realizado em memória do massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em abril de 1996, que resultou na morte de 19 sem-terra.

No documento, a FPA expressou preocupação com as “graves ameaças e incitações a crimes” e pediu a avaliação de “prisão preventiva ou utilização de monitoramento por tornozeleira eletrônica”. Também apontaram a necessidade de “busca a apreensão na sede do MST” e quebras de sigilo, além da remoção do vídeo na internet.

Na última terça-feira (11), o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou dois pedidos de convocação para que os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Agricultura, Carlos Fávaro, prestem esclarecimentos sobre providências para evitar as ações. E o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, criticou o anúncio de novas invasões. "É incitação a violência, incitação ao crime e um ataque ao direito de propriedade no país”, afirmou Lupion.