Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL).| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (6) a liberação de vacinas contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. O mandatário voltou a dizer que sua filha de 11 ano não será imunizada e afirmou que os pais de crianças não devem se deixar levar "propaganda". Ontem, o Ministério da Saúde anunciou que a imunização infantil deve começar na próxima semana.

Há cerca de 20 dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. O chefe do executivo afirmou que "pessoas taradas por vacina" não estão preocupadas "com outras doenças".

"O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina? É pela sua vida? É pela sua saúde? Se fosse, estariam preocupados com outras doenças no Brasil, que não estão", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Nova, de Pernambuco.

Bolsonaro chegou a dizer que desconhecia registros de óbitos causados pela Covid-19 nessa faixa etária. Depois, admitiu a existência de mortes, mas apontou que ocorreram em crianças com "problema de saúde grave, ou era muito obeso, ou tinha alguma outra comorbidade qualquer". Dados do próprio governo mostram que houve 301 mortes de crianças por infecção do novo coronavírus.

"Então eu peço, como se trata de crianças, não se deixe levar pela propaganda. Converse com os teus vizinhos. Quanto garoto contraiu Covid e não aconteceu absolutamente nada com ele? Quando morre um garoto que contraiu Covid, geralmente, que isso é quase, eu desconheço, mas existe com toda a certeza um moleque que morreu em função do Covid, mas é uma pessoa que tinha algum problema de saúde grave, ou era muito obeso, ou tinha alguma outra comorbidade qualquer", disse o presidente. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.