PEC do Pazuello
General Eduardo Pazuello participa de ato ao lado de Bolsonaro no Rio de Janeiro, em 23 de maio.| Foto: Alan Santos/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e negou que tenha havido corrupção nas negociações de compra de vacinas contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde.

Em entrevista na saída do hospital de onde recebeu alta, na manhã deste domingo (18), Bolsonaro comentou a divulgação de um vídeo, obtido pela CPI da Covid e revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que mostra o então ministro da Saúde em um encontro com representantes da empresa World Brands, que ofereceu 30 milhões de doses da vacina CoronaVac a um preço de US$ 28 por dose. No contrato com o Instituto Butantan para fornecimento da mesma vacina, o governo federal pagou US$ 10 por dose.

Bolsonaro disse que Brasília é "o paraíso dos lobistas" e que muitas pessoas foram recebidas no Ministério. "Aquele pessoal se reuniu com o diretor responsável por possíveis compras no Ministério e, na saída, ele (Pazuello) conversou com o pessoal."

O presidente da República minimizou a importância do encontro. "Se fosse algo secreto, negociar algo superfaturado, ele estaria dando uma entrevista, meu Deus do céu? Ou estaria escondidinho lá no porão do Ministério. É só analisar isso daí", declarou.

Bolsonaro ainda complementou: "Geralmente, quando fala em propina, é pelado dentro da piscina. É ou não é? Se ele falou abertamente...". Ele ressaltou ainda que "não tem um centavo nosso despendido com essas pessoas que foram lá vender vacina".

Sobre as investigações sobre a compra de outra vacina, a indiana Covaxin, Bolsonaro mais uma vez defendeu o ex-ministro da Saúde. "Igual vocês acusaram o Pazuello de querer comprar a Covaxin com 1000% de superfaturamento. Não existe isso. Absurdo".