Jair Bolsonaro foi chamado de "presidente antivacina" pela revista inglesa
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).| Foto: Isac Nóbrega/PR.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira (18) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de suspender o aplicativo de mensagens Telegram no Brasil. O mandatário afirmou que a determinação de Moraes é "inadmissível" e pode "causar óbitos".

"Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do STF. É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que na cabeça dele deveriam ser banidas do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil por falta de contato paciente médico", disse o chefe do Executivo durante encontro com pastores e líderes religiosos em Rio Branco (AC).

Moraes acatou um pedido da Polícia Federal para determinar o bloqueio do aplicativo. Após a decisão, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que o governo federal busca alternativas para restabelecer o funcionamento do Telegram no Brasil. Mais cedo, o diretor-executivo da plataforma, Pavel Durov, pediu desculpas ao Supremo pela "negligência" em atender as intimações da Corte.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenta contato com o Telegram desde dezembro do ano passado para discutir uma parceria contra desinformação durante as eleições. No entanto, a Corte eleitoral nunca foi atendida. Na decisão, Moraes, que presidirá o TSE durante o pleito, citou as tentativas de contato.

Apesar de criticar a decisão do ministro do STF, Bolsonaro sinalizou que não pode tomar medidas agressivas. "O que é de pior para nós em medida da minha parte é o caos no Brasil. O que está em jogo é a nossa liberdade, bem maior que a nossa própria vida", afirmou o presidente.