Bolsonaro durante discurso em cerimônia com pastores e parlamentares nesta terça-feira (8).
Bolsonaro durante discurso em cerimônia com pastores e parlamentares nesta terça-feira (8).| Foto: Reprodução/Facebook.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu na tarde desta terça-feira (8) dezenas de pastores evangélicos, além de deputados, senadores e ministros em um ato no Palácio da Alvorada. Durante a cerimônia, que durou cerca de duas horas, o chefe do Executivo afirmou aos pastores que dirige o país "para o lado" que eles "desejarem". O presidente chegou a chorar ao comentar o episódio da facada em 2018.

"Seria muito fácil estar do outro lado. Mas, como eu acredito em Deus, se fosse para estar do outro lado, nós não seríamos escolhidos. Eu falo nós porque a responsabilidade é de todos nós. Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem", disse o mandatário.

O encontro foi transmitido pelo Facebook de Bolsonaro. Vários pastores, de diversas igrejas e denominações, fizeram orações e discursos em apoio ao presidente, que foi o último a falar. O bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, disse que haverá um "chamamento" em 2022. "Quero chamar a atenção de todos que estão aqui para uma reflexão. Nós temos um chamamento nesse ano de 2022. Nós não podemos perder de vista isto", afirmou Ferreira.

O pastor Silas Malafaia criticou a "roubalheira que se instalou neste país". "É essa gente que quer governar o país? Deus nos livre disso", disse Malafaia. Bolsonaro agradeceu a "manifestação de preocupação" apresentada pelos líderes religiosos no final da cerimônia. "Agradeço do fundo do meu coração essa manifestação de preocupação com o futuro da nossa pátria, do nosso Brasil", disse.

"Não vejo a hora de um dia entregar o bastão da Presidência para poder ir para a praia, tomar um caldo de cana na rua, voltar a pescar na Baía de Angra, ter paz. Mas eu creio que uma coisa fala por tudo isso aqui. Quem estaria no meu lugar se a facada fosse fatal? Como estaria o Brasil nessa pandemia?", afirmou Bolsonaro.