Empresário Carlos Wizard defende mudança na lei para que empresas possam vacinar os próprios funcionários contra a Covid-19 e desafogar o SUS.
Empresário Carlos Wizard é a favor do projeto de lei que flexibiliza a atual regulamentação da compra de vacinas para a Covid-19 pelo setor privado| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

Os empresários Carlos Wizard e Luciano Hang mantêm o avanço na articulação pela compra de vacinas por empresas. Um interlocutor representou os dois em uma reunião na quarta-feira (14) com representantes da embaixada da China, em Brasília, com o objetivo de comprar imunizantes fabricados no país asiático.

Os dois empresários têm feito lobby abertamente pela flexibilização das regras de compra de doses para a Covid-19 por empresas. Ambos são a favor da aprovação do projeto de lei que flexibiliza a atual regulamentação da compra de vacinas pelo setor privado.

A matéria, aprovada recentemente na Câmara, autoriza empresas a comprarem e doarem vacinas para seus trabalhadores sem precisar esperar 78 milhões de brasileiros — o que compõe o grupo de risco — serem imunizados. O texto também prevê que a compra de doses de laboratórios contratados pelo Ministério da Saúde poderá ocorrer somente depois do cumprimento integral do contrato e da entrega dos imunizantes ao Ministério da Saúde (MS).

Para evitar concorrência com o Instituto Butantan, que produz no Brasil a CoronaVac, os empresários enviaram um emissário para negociar com o governo chinês a compra de outras vacinas chinesas. O interlocutor de Wizard e Hang conversou com Qu Yuhui, ministro conselheiro da embaixada chinesa, sobre a possibilidade de compra de doses de outros fabricantes chineses, como Sinopharm e Cansino.