Sarí Corte Real foi condenada a 8 anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte no caso do menino Miguel Otávio da Silva, de 5 anos
Sarí Corte Real foi condenada a 8 anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte no caso do menino Miguel Otávio da Silva, de 5 anos| Foto: Divulgação / MPPE / Priscilla Buhr / AMCS / Arquivo

A Justiça de Pernambuco negou o pedido de prisão preventiva contra Sarí Corte Real. Ela foi condenada a 8 anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte no caso do menino Miguel Otávio da Silva, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio no Recife, em 2 de junho de 2020. A condenação ocorreu em primeira instância e Sarí recorre em liberdade. As informações são do Jornal do Commercio.

O pedido de prisão foi feito pelos advogados da mãe de Miguel, Mirtes Renata de Souza, que atuam como assistentes de acusação no processo. De acordo com o Jornal do Commercio, a Justiça indeferiu o requerimento após manifestação contrária por parte do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE). Além disso, o juízo da 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente considerou que não havia fato do novo que justificasse a prisão.

Mirtes trabalhava como empregada doméstica no apartamento em que Sarí e o marido moravam no Recife. Segundo a Polícia Civil, Miguel caiu do prédio depois de Sarí apertar um botão e deixar a criança sozinha no elevador. Ao desembarcar no 9º andar, o menino despencou de área sem tela de proteção. No momento, Mirtes passeava com o cachorro da patroa.

Ao G1, a advogada Maria Clara D'Ávila, que defende a mãe de Miguel, disse que vai recorrer da decisão. Já Pedro Avelino, advogado de Sarí Corte Real, disse ao portal que o pedido de prisão preventiva foi "mais uma manifestação indevida e que só atrasa o andamento do feito".