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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu na terça-feira (14) um processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por quebra de decoro parlamentar. A representação, encaminhada pelo PL, argumenta que o comportamento do deputado durante discussão com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), foi considerado desrespeitoso e agressivo. Na ocasião, Braga questionou se Lira não tinha vergonha por defender a privatização da Petrobras, iniciando um bate-boca que se estendeu por vários minutos.
"Nos últimos anos o deputado Glauber Braga, abusando de sua imunidade material, tem se comportado em plenário de modo desrespeitoso e agressivo, ofendendo a honra de outros parlamentares e lesando a imagem desta Casa", diz a ação assinada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
O deputado Glauber Braga afirmou em declarações para a Agência Câmara que estranhou a rapidez incomum da tramitação do processo, que foi aprovado no dia 1º de junho pela Mesa Diretora e logo em seguida foi encaminhado ao Conselho de Ética. O próprio Psol protocolou uma representação contra Lira na ocasião do bate-boca, afirmando que o presidente da Câmara extrapolou as prerrogativas do cargo ao ameaçar acionar a Polícia Legislativa com o objetivo de retirar o deputado Glauber Braga do Plenário. Braga afirmou que apresentará sua defesa e que continuará lutando por uma Petrobras pública.
A lista tríplice de deputados que poderão relatar o processo contra Glauber Braga é formada por Márcio Marinho (Republicanos-BA), Marcelo Nilo (Republicanos-BA) e Gilberto Abramo (Republicanos-MG). Um deles será escolhido e anunciado relator pelo presidente do Conselho de Ética, Paulo Azi (União-BA), na próxima reunião do colegiado.