O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro, por suposta omissão nos atos de vandalismo do dia 8/01.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro, por suposta omissão nos atos de vandalismo do dia 8/01.| Foto: Renato Alves/Agência Brasília.

A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres pediu nesta segunda-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão preventiva. Ele foi preso após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. Os advogados argumentam que Torres não foi o responsável pelas falhas de segurança e que “os militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não agiram para impedir os atos”.

Além disso, os advogados alegam que a desmobilização do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília. "A desmobilização do acampamento pela PMDF foi impedida pelo General Júlio César de Arruda, um dos fatos que ensejaram, inclusive, o seu afastamento, no dia 21 de janeiro”, afirmaram.

A petição foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do ex-secretário. A defesa afirma que “o desenvolvimento das investigações demonstrou, de forma clara, a total ausência de evidências mínimas que permitam associar o Requerente [Torres] aos fatos criminosos em questão, de modo a inexistir, hoje, qualquer circunstância fática que autorize a permanência da constrição cautelar de sua liberdade”.

Na última sexta (3), Moraes revogou a prisão preventiva do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira. No mesmo dia, Torres prestou depoimento por cerca de 10 horas à Polícia Federal.