Deltan Dallagnol foi chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba entre 2014 e 2020 e deputado federal mais votado do Paraná em 2022.
O ex-procurador da Lava Jato e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemo-PR) é um dos parlamentares que assina a notícia-crime enviada à PF.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo.

Um grupo de deputados federais da oposição pediu à Polícia Federal uma investigação sobre supostas doação ao PT feitas em nome do novo juiz da Lava Jato Eduardo Fernando Appio. Os parlamentares pedem que sejam investigados supostos crimes eleitorais, de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica.

A notícia-crime foi assinada por Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Maurício Marcon (Podemos-RS), Pedro Aihara (Patriota-MG) e Joaquim Passarinho (PL-PA)

No site de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está registrada uma doação de R$ 13 para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de setembro do ano passado, onde consta também uma doação de R$ 40 para a deputada estadual do Paraná Ana Júlia Pires Ribeiro (PT). Appio negou que tenha feito qualquer depósito para candidatos na eleição passada e disse que seus dados bancários comprovam sua afirmação.

“Caso as afirmações do juiz federal sejam verdadeiras, isso indicaria a
existência de possível prática criminosa, constituindo prova de doação eleitoral fraudulenta realizada em nome de terceiros, sem seu consentimento. O fato pode revelar um possível esquema de utilização de interpostas pessoas (‘laranjas’) para financiamento coletivo de campanhas eleitorais em benefício de candidatos do Partido dos Trabalhadores”, disse Deltan, em nota.