CPI da Covid
Policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que prestou depoimento à CPI da Covid, se apresentava como representante da vacina AstraZeneca, mas empresa nega.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O policial militar Luiz Paulo Dominghetti tentou marcar um encontro com o presidente Jair Bolsonaro fora da agenda oficial. Áudios obtidos pela CPI da Covid no celular de Dominguetti mostram que o intermediador da reunião seria o reverendo Amilton Gomes de Paula, da ONG Senah, segundo o CEO da Davati, Cristiano Carvalho. A informação foi divulgada pela Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

Dominghetti diz a Cristiano, em mensagem de áudio, que seria possível solicitar uma agenda oficial, mas que “estão tentando” fazer com que o presidente o recebesse “de forma extraoficial”, e que dessa forma seria mais rápido. Ele não especificou quem estaria tentando viabilizar a reunião.

O CEO da Davati diz que o reverendo Amilton Gomes de Paula estaria organizando um café entre líderes evangélicos e Bolsonaro. Carvalho diz que eles entrariam “no vácuo” para “colocar a pulga atrás da orelha” do presidente. De fato, dois depois desta conversa, em 15 de março, o chefe do Executivo recebeu líderes evangélicos. Porém, não há registro da participação de Dominguetti, Carvalho ou do reverendo Amilton no encontro. O pastor Silas Malafaia, presente na reunião, negou que os três tenham participado.